O ex-zagueiro Mauro Galvão, que teve uma vitoriosa passagem pelo Vasco de 1997 a 2000, criticou a escalação do atacante Edmundo na derrota do Vasco por 2 a 1 para o Flamengo, neste domingo (17/2), no Maracanã, pelas semifinais da Taça Guanabara. O Animal perdeu um pênalti no início da etapa final, cobrando fraco para fácil defesa do goleiro Bruno, quando o clássico estava empatado por 1 a 1, e caiu muito de produção após ter feito um bom primeiro tempo.
"Voltar em uma partida como essa não é o ideal. O Edmundo teria que ter um tempo para poder começar a jogar partidas que não fossem tão fortes e decisivas como essa. Ele acabou estreando justamente em uma partida que decidia a vaga para a final da Taça Guanabara, em uma semifinal que é sempre muito importante e desgastante, toda uma situação que para um jogador em boas condições já é difícil, imagina um que não vinha jogando", disse ao programa "Bandeirantes Rio no Futebol", da Rádio Bandeirantes.
"São situações que acontecem e infelizmente isso tem sido uma tônica no Vasco, situações que não são normais mas que acabam acontecendo como se fossem. Acarreta em um monte de problemas porque o jogador acaba estreando quando não é para estrear. Tudo isso não é bom. Tem todo um investimento em relação a contratação, você coloca um jogador não nas melhores condições e é claro que depois que você está em campo acaba tendo que assumir algumas responsabilidades, e a de bater o pênalti, por se tratar do jogador mais experiente, acabou ficando na sua responsabilidade. São coisas que se fossem melhor avaliadas certamente não aconteceriam".
"Pênalti todo mundo pode errar. Isso já é mais do que sabido porque basta você não bater bem, o goleiro conseguir adivinhar o canto em que você vai bater. Os goleiros se preparam muito bem para isso e o Bruno é um grande goleiro, que inclusive tem uma envergadura muito grande. Isso acaba pressionando mais ainda o jogador que vai bater. Se você vai bater um pênalti em uma partida, um jogador que nem deveria jogar, então se vê que a situação não é muito normal".
O Capitão gostou da homenagem prestada pela diretoria do Vasco, que criou a camisa 98 em alusão à conquista da Copa Libertadores da América de 1998. O apoiador Morais, que cedeu a 10 para Edmundo, estreou a nova numeração na partida.
"Muito bacana. São situações que têm que ser sempre lembradas. Foi o título mais importante que o Vasco teve até agora, no ano do centenário. Foi um ano maravilhoso e tenho muito orgulho de ter participado, capitão da equipe. Tudo isso é muito bom e essa é uma homenagem que tem tudo a ver, demonstra uma coisa que aconteceu na realidade, não foi inventada, são fatos. O Vasco ganhou a Libertadores no ano do seu centenário. Isso ninguém consegue mudar, não tem como maquiar nem inventar. Uma homenagem é justa. Isso depende muito da direção, se ela quer fazer homenagem ou não".