A torcida do Vasco em 2018 parece rever um filme de suspense que esteve em cartaz pela última vez há três anos. A narrativa formada por personagens contestados e um "diretor" novato, tem o Brasileirão como cenário e o vilão é o fantasma do rebaixamento.
Mas o herói da vez tem mostrado que o roteiro deste ano pode ter um final feliz. Se Nenê era a principal figura do time rebaixado em 2015, este ano Maxi López é o protagonista e tem apresentado uma atuação de maior destaque.
Como semelhanças, Nenê e Máxi Lopez têm: a idade - os dois chegaram ao Vasco com 34 anos; a liderança dentro de campo; o motivo de suas chegadas ao Rio de Janeiro - ambos vieram da Europa com a missão de salvar o Vasco do rebaixamento; e o período em que estrearam no time - na virada do primeiro para o segundo turno. O meia fez sua primeira partida no Brasileirão na 19ª rodada e o argentino na 18ª.
Se as histórias de Nenê e Maxi López possuem semelhanças, elas também têm diferenças. A primeira é a posição que ocupam em campo: o brasileiro é meia e o argentino, centroavante; a situação a qual encontraram o Vasco: Nenê estreou com a equipe na lanterna do Brasileirão a sete pontos do primeiro time fora do Z4, já Maxi encontrou o time na 13ª posição, dois pontos acima do 17º colocado; e os números: o atual protagonista tem cinco gols e quatro assistências em 12 jogos, enquanto o herói de 2015 em suas 12 primeiras partidas fez cinco gols e deu uma assistência.
O início da jornada de Maxi López é promissor e tudo indica que irá ultrapassar as marcas de Nenê. O meia, no Brasileirão de 2015 somou nove gols e quatro assistências. Marca que o argentino irá ultrapassar se mantiver a média com os 10 jogos que restam. Contudo, de nada adiantará somar bons números, se a principal missão não for cumprida: manter o Vasco na Série A do Campeonato Brasileiro.
Com a vitória por 2 a 0 em cima do Cruzeiro, o Cruz-Maltino chegou a 34 pontos e na 14ª posição. O primeiro time na zona de rebaixamento é o Ceará, com 31 pontos, que ainda tem um jogo a menos.