Mesmo a grande parte da torcida que aprova a suspensão de Alex Dias está preocupada com a situação do time sem o Pantaneiro.
Parceiro de noite e de ataque, Romário já disse que torce por um (improvável) final feliz na crise, mas que o Vasco não pode usar o desfalque como desculpa para não vencer o Firburguense hoje.
Se a perda de Alex Dias pode ser prejudicial para o rendimento coletivo do Vasco, os números mostram que Romário nem sente a ausência.
No ano passado, o Baixinho entrou em campo sete vezes sem ter o Pantaneiro a seu lado. Foram quatro vitórias, dois empates e apenas uma derrota. Romário marcou seis gols, média (0,85) de quase um por jogo. Fazendo dupla com Alex Dias, o Baixinho tem média pior: 0,69, ou 29 gols em 42 jogos.
Até a lesão na coxa direita que o deixou um mês e meio fora do time, Alex só havia sido desfalque uma vez, contra o Coritiba. Coincidentemente, Romário também não disputou aquele jogo. A \"carreira solo\" do Baixinho no ataque do Vasco teve início em São Paulo, contra o Corinthians, no dia 30 de outubro. Nessa e na partida seguinte, contra o Atlético Paranaense, em São Januário, Romário não fez gol.
Foi a partir do clássico contra o Fluminense que o camisa 11, já habituado a jogar sem Alex, desandou a fazer gols e deu a arrancada final para chegar à histórica artilharia aos 39 anos. Naquele jogo, Renato Gaúcho abandonou a idéia de escalar o também centroavante William. Com Róbson Luiz, Morais e Abedi se revezando nos passes para o Baixinho, ele marcou seis gols no últimos cinco jogos no campeonato.
Renato ainda não definiu o time que vai a campo hoje. A bem da verdade, pouco importa. Romário não escolhe adversários, nem os parceiros. Se a maldição do Eduardo Guinle não atrapalhar, seja com que parceiro for, é dia de se aproximar do gol mil.