Foto: Marcelo Sadio- Vasco.com.br
Ao ser questionado nesta sexta-feira (06/4) sobre o motivo que o fez liberar o zagueiro Dedé para o jogo entre Vasco e Alianza Lima, realizado no Peru na última terça-feira (03), o médico Clóviz Munhos afirmou que se baseou no desempenho do atleta nas últimas partidas que disputou. O profissional também fez questão de lembrar que a dor se faz presente em todos os esportes de ponta:
- No futebol você está sempre com o cordão esticado. Você mostra se é bom profissional ou mau profissional no momento que você tem 34 anos de medicina esportiva, como eu tenho, e o cordão arrebenta poucas vezes. Algumas vezes arrebenta, pois não tem como você ser tão previsível assim. O que eu acho é o seguinte, em que eu me basiei para liberá-lo é o seguinte: Depois que ele tomou a pancada, ele jogou contra o Resende e não sentiu nada. Inclusive nós conversamos com ele e dissemos que o jogo não valia nada, mas ele nos falou que estava se sentindo muito bem. No jogo do Edmundo, que aconteceu uma semana antes do jogo contra o Alianza, eu fiquei atrás do gol em que o Vasco defendeu para observar e não vi o Dedé mancar nenhuma vez durante a partida. Na sexta-feira ele pediu para não ir para Macaé por conta do excesso de viagens, mas não por conta da dor. Ele até nos falou que o motivo de não querer ir era o desgaste e não a dor, pois ela era mínima. Então não tinha como vetar. Ele jogou no Peru o jogo inteiro, jogou a despedida do Edmundo e não reclamou. Em esporte de ponta você joga com dor. Vai lá no vôlei que você vai ver que o pessoal joga com dor. Atleta de ponta tem que ganhar da falta e ganhar da dor. Quem não ganha da falta e não ganha da dor, não pode jogar em esporte de ponta - disse o médico à Rádio Manchete.