A saída de Adilson Batista não foi bastante para aplacar a insatisfação de torcedores em São Januário após a goleada de 5 a 0 diante do Avaí. No treino realizado na Colina na manhã desta segunda-feira, cerca de 15 integrantes de torcidas organizadas estiveram presentes para tentar conversar com os jogadores.
Primeiro, os integrantes de organizada tentaram entrar no gramado para falar diretamente com os atletas, que treinavam. O acesso foi negado. Em seguida, na grande da arquibancada, eles chamaram o preparador de goleiros e ídolo do Vasco, Carlos Germano. O papo foi curto, de poucos minutos. Mas eles não ficaram satisfeitos.
A tentativa seguinte foi acessar o vestiário para conversar com os jogadores. Neste momento, profissionais de imprensa chegaram mais perto dos integrantes de organizada. A recepção foi hostil, com ameaças e indicações para que imagens não fosse registradas.
A informação que girou no clube é de que havia um pedido para conversar com Martin Silva, goleiro convocado pela seleção do Uruguai. Coube ao jovem atacante Thalles ir à beira do gramado e conversar com estes integrantes. A cena não é comum em São Januário. Durante os momentos de crise, os integrantes têm vários acessos e uma das principais facções organizadas costumava ter uma sala exclusiva dentro do próprio clube.
Durante períodos de maior tensão eles já invadiram gramado durante treino e correram em direção aos jogadores, provocando grande confusão. O Vasco tem pela frente o jogo desta terça-feira, na Arena das Dunas, contra o ABC, pela Copa do Brasil. O jogo de ida, no Rio, terminou empatado em 1 a 1.