O Vasco mantém ao longo de sua história a tradição de conquistar títulos internacionais. Foi campeão Sul-Americano em 1948, no Chile; da Taça Libertadores, em 1998, e da Copa Mercosul, em 2000. Mas o título que abriu o caminho dessa longa caminhada foi o de 1948.
Naquela época, o Vasco foi campeão do Distrito Federal de 1947 e por isso convidado pelo Colo Colo para disputar o Torneio dos Campeões Sul-Americanos, no Chile. O campeonato, que reunia os grandes times de sete países do continente, tinha turno único e era disputado por pontos corridos. Com uma campanha irrepreensível e de forma invicta - foram quatro vitórias, dois empates e nenhuma derrota - o Vasco não deu chances aos adversários e trouxe o troféu em forma de condor para a galeria de São Januário.
A conquista começou na vitória de 2 a 1 sobre o boliviano El Litoral. No segundo jogo, o Vasco tinha pela frente o perigoso Nacional, do Uruguai, do artilheiro Atílio Garcia. Mas, nem isso foi obstáculo para o ataque cruzmaltino. Uma goleada sem dó: 4 a 1. Veio o Municipal do Peru e nova chuva de gols: 4 a 0. Nem a magra vitória sobre o Emelec, 1 a 0, diminuiu o embalo. Mas os dois jogos mais difíceis ainda estariam por vir. O empate em 1 a 1 com o anfitrião Colo Colo deu moral para o último jogo com o River Plate do craque Di Stefano, que fizera naquela época 27 gols no campeonato argentino.
Dois lances marcaram aquela partida. Um pênalti defendido por Barbosa e um gol do atacante Chico anulado incorretamento pelo árbitro. No final, o 0 a 0 garantiu o primeiro título internacional de um clube brasileiro. Façanha da qual muito se orgulha a torcida cruzmaltina.