O empate em casa com o Bragantino, no último domingo, não foi um bom resultado para o Vasco, mas apresentou aspectos positivos para a comissão técnica. Um deles, certamente, foi a presença de Juninho. Após vários jogos fora por conta de uma lesão e, posteriormente, de um problema odontológico, o jovem ressurgiu no time e deixou ótima impressão.
Juninho jogou no lugar de Benítez e foi bem. Movimentou-se, deu assistência para o gol de Vinícius e recebeu elogios de Ramon. Neste domingo, no entanto, ele deve ser ausência mais uma vez. O meia sentiu a coxa no treino de sexta, vai passar por exames no sábado e não deve viaja para Belo Horizonte, onde o Vasco enfrenta o Atlético--MG.
- O resultado não foi o que a gente esperava, mas fico feliz em ter feito uma boa partida diante do Bragantino, e ter voltado ao time titular correspondendo ao que o Ramon queria. Foi um jogo difícil, com sol muito quente, mas mesmo assim conseguimos colocar a bola no chão e fazer ela rodar de um lado para o outro. Só demos mole na hora do segundo gol, deveríamos estar mais atentos, mas acontece – disse o camisa 50.
Após o jogo, Ramon encheu a bola de Juninho e rasgou elogios após a partida contra o Bragantino. Entre os pontos elogiados, o treinador citou a polivalência do jogo.
- (O Juninho) É inteligente. Ele une técnica com força e velocidade. Ele pode jogar em várias funções dentro da nossa ideia. Pode ser extrema pela direita, como foi contra o Santos. Pode ser segundo volante pela direita, pode ainda atuar pela esquerda. Ele cria leque de opções na parte tática. Isso é bom para nós. Ele ficou muito tempo para resolver a questão do contrato, depois se machucou. É importante, trabalha e está evoluindo. Melhorou muito a questão de posicionamento no campo. Tem alento tem de sobra – elogiou Ramon Menezes.
Polivalência e saudade de jogar
Juninho faz coro ao treinador e se coloca à disposição para ajudar em qualquer posição. O meia se diz indiferente quanto à posição e ressalta que o importante é jogar.
- Na verdade eu não tenho essa de posição. Faço onde o treinador me colocar. Eu fiz três jogos depois da pandemia. Contra o Fluminense eu fui de primeiro volante, com o Santos eu joguei de ponta, agora com o Bragantino eu fui mais avançado como um 10. Então, o importante é estar jogando. Eu consigo fazer todas essas posições – garante.
Tem sido um ano de altos e baixos para Juninho. Após despontar na Copinha, subir para o elenco principal e virar titular com Abel Braga, o meia teve uma negociação arrastada na renovação de contrato, perdeu espaço e chegou a ser afastado do elenco por mais de um mês.
No fim de agosto, ele renovou, voltou contra o Santos, mas se lesionou. Em seguida, quando estava quase recuperado, teve um problema odontológico que o deixou fora por mais alguns jogos.
- Para mim foi muito difícil acompanhar os meus companheiros pela televisão. A vontade de jogar era imensa, tinha saudade de sentir aquele friozinho na barriga, mas tudo tem o seu tempo e o propósito de Deus.
- Eu tenho muitas metas, e algumas eu já consegui. Mas hoje penso em ser titular do Vasco, conquistar títulos importantes com o clube e conseguir o reconhecimento do torcedor. Quero sempre atuar bem pelo clube para poder vestir a camisa da seleção brasileira. Eu traço essas metas, coloco na minha cabeça e sei que um dia vou conquistar todas.