Um raio já caiu antes no mesmo lugar. É nisso que o Vasco se apega para ter esperanças de escapar do rebaixamento mesmo na lanterna, a cinco pontos para sair da zona, a cinco rodadas do fim do Campeonato Brasileiro. A matemática da comissão técnica é de que o time precisa chegar aos 42 pontos para seguir na Série A. Isso já aconteceu em cinco ocasiões.
Em 2006, 40 pontos foram suficientes para escapar da queda. O Palmeiras, primeiro fora da zona de rebaixamento, fugiu com 44. Já em 2010, 42 eram o bastante e foi o que o Atlético Goianiense, primeiro acima dos quatro últimos, fez.
No ano seguinte, Cruzeiro escapou com 43 pontos, mas 42 já bastariam para o alívio. Em 2012, a Portuguesa fugiu do rebaixamento com 45, três a mais do que precisava. E finalmente, ano passado, o Palmeiras se livrou do drama com 40 pontos, sendo que míseros 39 já garantiriam a festa paulista.
- Eu acho que com 42 pontos nos livramos. Nossa ideia é essa. Precisamos vencer os jogos que temos no Rio (Corinthians e Santos) e buscar vencer nossos concorrentes diretos (Joinville e Coritiba). Nossa situação é muito complicada, somos lanternas, com sequência dura, difícil, mas possível - disse Zinho, auxiliar de Jorginho.
O problema é o tempo curto que o Vasco tem para chegar a esse número mágico da salvação. Em cinco partidas, terá de vencer quatro. Um aproveitamento quase perfeito para a equipe que tem a pior campanha do Vasco na história. Seria a guinada da água para o vinho.
Os cálculos da comissão técnica não contemplam uma vitória sobre o Palmeiras, domingo, em São Paulo. Para o jogo, dois desfalques estão certos: Bruno Gallo, suspenso, e Jorge Henrique, que sofreu lesão na coxa direita e ficará de três a quatro semanas fora, correndo o risco até de não atuar mais neste Brasileiro.
- Os últimos campeonatos mostram que nos últimos anos as contas não estão batendo. Temos de fazer nossa matemática. Mostramos para os jogadores que o número de corte pode sempre mudar - enfatizou Zinho.