Futebol

Minhas Impressões - Rodada 23 do Brasileiro

Se alguém ainda duvida do quanto faz diferença um trabalho planejado, sugiro analisar a campanha que o Fluminense faz no Brasileiro há quase três anos.

Mas, por ora, fixemos sobre o rendimento do time nas mãos de Abel Braga: jogou 58 vezes desde 12 de junho de 2011 (16 no turno,19 do returno de 2011, mais 23 este ano) e perdeu 15 vezes — nove no turno e cinco no returno do ano passado, e uma este ano.

Ou seja: 25%.

E destes 58 jogos, venceu 38, com o aproveitamento de 65,51% que costuma ser a média dos campeões.

Não sei dizer se o Fluminense de Abel Braga é melhor do que aquele que Muricy Ramalho campeão em 2010, mas, com certeza, nas mãos do atual treinador o time tem desempenho superior aos 62% queo levaram ao título.

A título de registro, o aproveitamento tricolor neste Brasileiro é de 72%!

Internacional-RS 0 x 1 Fluminense

O gol de Fred no primeiro tempo sobre um Colorado desfigurado foi suficiente para garantir o primeiro lugar na tabela.

A equipe que tem os melhores índices do torneio amadurece taticamente e hoje é mais do que um adversário difícil de ser batido: é um time encorpado, com peças de reposição e pose de campeão.

Os jovens recém-promovidos da base esbanjam confiança e o jogo coletivo não se altera desde que um mínimo de sua força esteja em campo.

A pegada no meio campo não foi a mesma das vezes anteriores, mas a entrega dos jogadores de defesa e ataque compensou.

O Fluminense fará no Rio de Janeiro seis de suas próximas oito partidas, entre elas dois clássicos.

Isso me faz crer que o time de Abel Braga tem um cenário propício para a manutenção da liderança por um bom tempo.

Vasco 0 x 4Bahia

É preciso que a torcida saiba separar o trágico resultado de ontem do todo que vem sendo feito desde a queda do clube em 2008.

O Vasco enfraqueceu-se com a saída de Rodrigo Caetano no final de 2011 e começa a sentir os reflexos de sua falta de estrutura.

Jogou fora dois anos de trabalho e agora encontra dificuldades para remontar o que seu presidente dispensou.

O momento é de reflexão, e como não prazo para a obtenção de jogadores com qualidade inquestionável, talvez o melhor mesmo fosse reforçar a comissão técnica de Cristóvão.

Ou, quem sabe, encontrar um bom executivo para o futebol.

Botafogo 3 x 1 Náutico

Cada vez mais à vontade no esquema sem atacantes (com Seedorf e sem Renato), o Botafogo despachou mais um adversário,aproximando-se da zona de classificação a Libertadores.

O técnico Oswaldo de Oliveira, antes ameaçado, festeja a recuperação do time que estava desacreditado.

Andrezinho nunca jogou o que tem jogado e os garotos da base (sempre ela!) têm dado conta do recado.

Ainda não é um time confiável, mas evoluiu muito rumo ao que era antes da chegada de Seedorf.

Não, você não leu errado: o Botafogo voltou a jogar o que mostrava com Renato na posição do gringo.

A diferença é que o surinamês é melhor do que o brasileiro e não houve tempo para entrosá-los.

O time está a dois pontos do Vasco, e, com pouco de sorte, termina o mês no G-4.

Coritiba 3 x 0 Flamengo

Sem um formato eficiente e prejudicado pelos percalços naturais,tais como contusões e suspensões, a equipe de Dorival Júnior amargou mais um resultado ruim num mês em que ainda será obrigado a fazer cinco jogos — dois fora e três no Rio, contra Grêmio, Atlético-MG e Fluminense.

A missão é difícil e será preciso calma e, sobretudo, humildade para sair do momento desfavorável.

O técnico ainda não teve tempo para trabalhar o time taticamente em função dos jogos a cada quatro dias e talvez fosse necessário forçar uma semana de treinos, como uma mini temporada, para aparar arestas.

Para isso, no entanto, teria de se sacrificar indo a campo comum time quase inteiro formado por reservas em troca de uma semana intensiva para treinamentos coletivos.

Dorival Júnior não fará mágicas e custo a crer que um bom jogador que hoje dispute as Séries B ou C tenha condições técnicas e psicológicas para resolver os problemas de um gigante como o Flamengo.

De uma coisa não tenho a menor dúvida: o Flamengo paga caro pela infantilidade de ter demitido Vanderlei Luxemburgo para manter em seus quadros um Ronaldinho Gaúcho fora de sintonia.

A falta de visão de seus dirigentes, combinada à miopia de sua apaixonada torcida, jogou por terra a possibilidade de o clube dar sequência a profissionalização da estrutura do seu futebol.

Fonte: -
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