Misael, sobre o grupo do Vasco: "É uma família que acolhe todos"

Atibaia (SP) - Ele foi contratado para compor elenco e ser sombra de Eder Luis. Mas bastaram dez dias de treinamento para provar que essa condição inicial pode ser modificada. A figura em questão é Misael. Ou melhor, Pacotinho, como é chamado desde os tempos de Ceará.

O atacante chegou com personalidade, teve excelente desempenho na pré-temporada e foi o destaque do último coletivo com dois gols. E já caiu nas graças do grupo com seu bom humor e espírito esportivo para aguentar tantos apelidos.

Misequiel, Misamessi, Ismael... Todos engraçados, mas o mais curioso é mesmo Pacotinho. Sem tirar o sorriso do rosto, Misael explicou a origem do apelido e logo culpou alguns ex-companheiros de Ceará que ligaram para amigos do Vasco revelando o codinome.

\"Eles brincam comigo porque quando vou jogar coloco a camisa para dentro do calção, o meião bem esticado. Ficam dizendo que pareço um pacotinho de presente de Natal (risos). Mas isso faz parte do grupo. Temos que ser alegres e esquecer todos os problemas de fora quando estamos em campo. Mas não é só Pacotinho, não, me chamam de tudo quanto é nome\", admite.

O atacante já se considera entrosado com o grupo: \"É uma família que acolhe todos muito bem. Cheguei tímido, mas aos poucos fui me soltando e hoje me sinto em casa\". Grande parte das brincadeiras fica por conta dos zagueiros Cesinha e Dedé. Felipe, um dos mais experientes, também goza. Mas, na hora de admitir, ele dribla: \"Essa história de apelidos é com os outros\".

A brincadeira só sai de cena quando Misael fala sobre os planos para 2011. Ele tem consciência de que não veio para ser a primeira opção do time. Mas sabe também que se fizer bem o seu trabalho tem tudo para ganhar oportunidades e realizar o grande sonho: participar de um título do Vasco.

\"O importante é estar sempre jogando. Não vejo essa diferença entre titulares e reservas. Em 2009, tive poucas chances como titular, mas isso mudou em 2010. Plantei minha semente aqui nos treinos para colher lá na frente. E o nome do fruto é conquista\", projeta.