Carlos Augusto Montenegro, a eminência parda do Botafogo, responsável pelas ações no departamento de futebol, tem lampejos amadores.
E assume ter espalhado propositalmente pelas redes sociais o áudio em que se mostra resignado com a histórica "freguesia" para o Vasco.
A declaração, temperada por um tom de desabafo, irritou a muitos torcedores alvinegros.
Mas, sem delongas, o dirigente diz que o objetivo será alcançado com a classificação à próxima fase da Copa do Brasil.
"Nosso time nunca perdeu uma decisão para o deles. E desta vez não será diferente", avisa, confiando que a estratégia mexerá nos brios dos jogadores.
Montenegro minimiza as questões relacionadas à falta de um gerente de futebol, cargo vago desde a morte de Valdir Espinosa, em fevereiro.
Desde então, alguns jogadores perderam o foco e tiveram queda vertiginosa após a retomada das atividades presenciais.
Ele sustenta que a gestão do elenco está entregue a Paulo Autuori, e que não vê por que promover alterações no organograma do departamento.
Não quero fazer juízo de valor sobre as ações de governança, mas estranho a forma como o Botafogo conduz suas questões internas.
Principalmente com relação à gestão dos problemas extra-campo.
De qualquer forma, o treinador não me parece ameaçado pelos maus resultados.
Ainda bem - sinal de que ao menos identificam que as mazelas do time se originam fora das quatro linhas.