Futebol

Morais decidiu jogar no Vasco na base do cara ou coroa

Título cobiçado pelo presidente Eurico Miranda, a Copa do Brasil é prioridade no Vasco. O IratyPR, o adversário de hoje, às 16h, em São Januário, está no caminho. Mas depois do empate de 2 a 2 no interior paranaense, manter o sonho de passar de fase vivo certamente será menos complicado do que a decisão que o apoiador Morais precisou tomar em sua vida quando ainda era um moleque de 13 anos.

Em 1997, enquanto o Vasco sagrava-se tricampeão brasileiro, o garoto, destaque do mirim do CRB, de Alagoas, despertou a atenção do Vitória-BA durante a disputa de um campeonato. E quando estava prestes a tentar a sorte no time baiano, o Vasco apareceu, também interessado. A família, cheia de vascaínos, incentivou, mas a distância Maceió-Salvador facilitaria o contato com os pais. Hora de escolher: Vasco ou Vitória? No cara ou coroa sugerido pelo garoto, saiu a resposta.

- Falei com o meu pai: vamos jogar a moeda pro alto e ver no que dá. Deu Vasco! - relembrou Morais.

Seu Manoel, que temia ver o garoto, tão novo, morando Rio de Janeiro, confirmou a história.

- (Risos) É verdade. Quando chegamos ao Rio, fui claro: do jeito que te trouxe, te levo de volta. Você está trocando sua casa por uma concentração, e o seu quarto por um armário. É isso mesmo que você quer? Ele não pensou duas vezes em aceitar contou o pai de Morais.

Perseverança é marca registrada deste camisa 10. A ponto de, garoto em seu colégio, driblar a baixa estatura para se aventurar em basquete e vôlei. Morais ainda ganhou títulos aos montes de handebol e tênis de mesa. As várias medalhas conquistas por ele nessa época estão guardadas até hoje com os pais.

- Sempre me dei bem em todos esportes. Aos 12 anos, todo mundo era baixinho, né? Não fazia muita diferença. Mas gostava mesmo era de jogar futebol. No colégio, jogava salão e depois saía correndo para o treino no CRB. Às vezes, o trânsito estava ruim e eu ia a pé - lembra.

No Vasco, precisou ter paciência.

Treinou durante um ano sem jogar.

Na primeira chance, três gols de bicicleta impressionaram. O caminho estava traçado. E hoje tem mais.

- O Vasco tem de sair para o jogo igual tarado, atacando, pra matar. Temos de ganhar convencendo, fazendo o adversário sentir como é difícil jogar em São Januário - diz.

Fonte: Lance
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