Apesar de apenas 3% de chances de acesso à Série A, atacante afirma que elenco confia em vencer 10 dos últimos 13 jogos: "Ninguém está aqui de sacanagem".
O atacante Morato concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira. Em quase todas as respostas, apesar de as perguntas terem assuntos diferentes, o jogador repetiu dois sentimentos: o coletivo do Vasco voltou a funcionar com Fernando Diniz e, sim, é possível subir para a Série A apesar da pouca chance matemática. Ele pediu que o torcedor não desista.
Em nono lugar, com 34 pontos, o Vasco tem dez a menos do que o CRB, o último integrante do G-4. Segundo o matemático Tristão Garcia, a chance de estar na Série A em 2022 é de 3%. Faltando 13 rodadas, a conta é vencer dez jogos.
- Estar aqui já é pressão. Mas estar aqui é também fazer história. No começo, as coisas não andaram. É cabível. Por que não? Vamos acreditar. É o que eu peço ao torcedor. Não desiste. Enquanto há esperança, temos de acreditar. Ainda mais quem está aqui - afirmou Morato, para completar:
- Torcedor, vem com o seu time. Abraça. Não tem outra alternativa. Foi isso que você escolheu amar. Do seu amor eu faço a minha dedicação, a minha profissão. É o zelo maior que eu posso ter. Por vezes, pode não ser à altura. Mas a gente se dedica. Ninguém está aqui de sacanagem, de brincadeira. Aqui as coisas estão sendo feitas. Na boa ou na ruim, não desiste não. Vamos juntos.
O Vasco treinou no CT Moacyr Barbosa na manhã desta quinta-feira. Na sexta, enfrenta o Brusque, em Santa Catarina, pela 26ª rodada da Série B, mais uma tentativa para Diniz conquistar a sua primeira vitória no clube.
Em dois jogos, o Vasco controlou CRB e Cruzeiro, mas cedeu empate nos acréscimos do segundo tempo. Andrey e Léo Jabá estão suspensos.
Mais respostas de Morato
Atuação contra o Cruzeiro
Acho que foi a minha melhor partida pelo Vasco. É um jogo coletivo e quando isso é positivo, com certeza, um jogador vai se destacar. O que mais importa é o coletivo, e eu faço parte disso. Não vo jogar contra 11 e sair driblando. Agora, quando o coletivo funciona, dá certo. Foi comigo, foi com o Marquinhos Gabriel, com o Cano.
Qual o sentimento de não subir para a Série A?
Frustração. Ainda mais com a camisa do Vasco. Se fosse outro cenário em outro clube, seria tranquilo só não cair para a Série C. Mas com o Vasco não é assim. A gente não fala nisso. A gente só fala em acesso. Não importa o que passou, mas vamos em busca de 10 vitórias em 13 jogos. A gente vai em busca disso. Até pela última atuação, acho que o torcedor pode acreditar também.
O que levou o coletivo a não funcionar?
Se eu tivesse essa resposta, teria compartilhado com meus companheiros lá atrás e a gente já estaria melhor. O fato é que o coletivo não estava funcionando. São coisas que a gente procura, mas a conversa vai longe. Entendo que não funcionou como funciona agora. Eu acredito nisso, meus companheiros também. Para o Vasco vencer, o coletivo terá de se sobressair.
Treinos longos de Diniz
Trabalho do Fernando é isso. Ele pratica bastante o que acha que pode ser diferencial. Ele pratica mais de uma hora a saída de bola, o apoio ofensivo e o apoio defensivo. Para a gente estar sempre juntos. Não importa o tempo do treino, tem é de funcionar.