E já começam a surgir as primeiras desavenças entre o presidente do Vasco, Alexandre Campello, e o vice de futebol, José Luís Moreira.
O dirigente nomeado no início de março já confidenciou a colaboradores que está insatisfeito com as intransigências de Campello, que antes acumulava a pasta.
Moreira quer mudanças no departamento, com corte de custos, alteração no gerenciamento e remanejamento de pessoal.
E Campello, em princípio, não concorda com as medidas.
O choque de conceitos já era algo esperado por quem conhece a personalidade dos dois dirigentes e um pouco da política vascaína.
O representante da colônia portuguesa, convidado a fazer parte da gestão pela facilidade em captar dinheiro, quer enxugar o departamento de futebol.
E a principal medida seria a não renovação do contrato do diretor André Mazzuco, que termina ao final deste mês.
O jovem paranaense é o terceiro executivo (sic) da pasta na gestão Campello - Paulo Pelaipe e Alexandre Faria o antecederam.
Como condicionou sua posse no cargo à independência nas ações para sanear as finanças da principal pasta do clube, Moreira anda contrariado.
Não aceita ser visto apenas como o responsável pela captação de recursos.
O presidente, por sua vez, não abre mão de convicções próprias para completar os meses finais de um mandato que se encerra em dezembro.
Em suma, acha desnecessária a troca no comando.
E fica, então, criado o impasse.
Urge a entrada em cena da tropa de choque que costuma jogar água na fervura.
Antes que se transforme em incêndio...