O futebol brasileiro está de luto. Morreu na madrugada desta sexta-feira o atacante Jorge Mendonça. O ex-jogador estava com 51 anos e foi vítima de infarte. Jorge estava em sua casa e passou mal. Foi levado às pressas ao hospital Mário Gatti, em Campinas, mas não resistiu. Jorge Mendonça estava trabalhando no Guarani como Coordenador do Projeto Bugrinho.
Revelado pelo Bangu, no Rio de Janeiro, Jorge Pinto Mendonça começou a ter projeção no Náutico, nos anos 70, seguindo para o Palmeiras e depois jogou no Vasco-RJ, Guarani, Ponte Preta, Rio Branco-ES, Colorado-PR (hoje Paraná Clube) e Paulista de Jundiaí.
Em 1978, disputou a Copa do Mundo de 1978 na Argentina. Sua consagração no futebol foi com as camisas do Guarani e Palmeiras. Pelo Bugre ele foi artilheiro do Campeonato Paulista em 1981 com 38 gols. Foi o único jogador após a era Pelé a marcar mais de 30 gols em Paulistão.
Após encerrar a carreira, Jorge Mendonça tentou seguir a carreira de treinador, chegando a comandar o Valinhos na Segunda Divisão Paulista e as categorias de base da Ponte Preta, mas, depressivo por ter sido abandonado por sua ex-esposa e filhos, Jorge não decolcou como técnico.
Jorge Mendonça tinha problema de pressão alta e sofria de gota. Mesmo fora do futebol, costumava bater uma bolinha com amigos no final de semana. Era freqüente sua presença na chácara Santa Fé, do amigo Ângelo Micarone, na estrada velha de Campinas-Indaiatuba. Com ele participavam outros ex-jogadores como Tuta, ex-ponta esquerda da Ponte Preta, Zé Maria, lateral direito do Corinthians e outros ex-jogadores que moram em Campinas.
Nos últimos meses, porém, ele desistiu da bola. Era raramente visto no grupo e se isolou dos amigos. O seu fim parecia perto.
\"Ele não se alimentava bem, não tinha enm apetite e emagrecia dia-a-dia\", lembra o amigo David Aveiro, ex-árbitro de futebol.