Raphael Zarko
A confusão já dura meses. E o prejuízo em campo é do mesmo nível de fora dele. Enquanto o Vasco ameaça entrar com representação na Fifa para receber os 33% - cerca de R$ 4 milhões - a que tem direito na venda de Diego Souza para o Al Itthad, a vaga do ex-meia segue sem nome definido e o rendimento do ataque despenca: a média de gols caiu de 1,6 por jogo para 0,88.
Embora fosse criticado por parte da torcida, que o considerava desligado em muitos jogos, quando o ataque contava com Diego Souza até Alecsandro rendia melhor. Ele só marcou três vezes em 15 jogos sem a companhia do meia no ataque. Aliás, nos primeiros dez jogos do Vasco no Brasileiro, ainda com a base campeã da Copa do Brasil e vice do Brasileiro de 2011, o time fez 16 gols, sem deixar de marcar numa única partida. Já nas 17 seguintes, em sete jogos o Vasco não marcou gols e só balançou as redes 15 vezes.
Para completar o cenário, primeiro com Cristóvão, agora com Marcelo Oliveira, ainda não há um nome de consenso para ocupar o lugar de Diego. No período, quem mais jogou ali foi Carlos Alberto, que até assumiu a camisa 10. Mas o meia só fez um gol em todo o ano e voltou a sofrer com problemas físicos. O último deles, incomum. Com infecção na perna esquerda, Carlos Alberto ainda não sabe se tem chances de voltar ao time no jogo de sábado, contra o Figueirense, em São Januário.
Ontem, o médico Albino Pinto disse que o novo camisa 10 ainda estava debilitado por causa dos antibióticos que vem tomando.
- Ele já começou a fazer bicicleta, mas ainda vamos observá-lo durante a semana para ver se tem condições de voltar ao time - disse o médico do clube.
Outra opção é Felipe, que fez seu quinto jogo como titular após a saída de Diego. A terceira opção é a mais jovem: o garoto Jhon Cley, de 18 anos, jogou duas vezes e deve receber novas chances no time titular.