Futebol

Na prancheta: Análise tática de Palmeiras x Vasco

A co-liderança está perdida. Isso, no entanto, não quer dizer que o Vasco não possa ainda conquistar o título que tanto sonha. As coisas ficaram mais difíceis, mas o time continua a uma rodada da tomada do topo. De fato, o empate diante do Palmeiras – 1 x 1 – pode fazer a diferença no final do campeonato. Mas em São Januário não deve haver mais espaço para lamentações. É necessário pensar em vencer os três jogos que restam, assim, e só assim, há boas chances do caneco parar em São Januário.

No Pacaembu, Palmeiras e Vasco se duelariam em um confronto que podia colocar o time carioca na liderança. Para o Palmeiras, a vitória significaria um “Feliz Natal” mais cedo, já que espantaria de vez as chances de rebaixamento da equipe. Mesmo que a vitória beneficiasse a seu rival, o Corinthians, o verdão não estava disposto a abrir mão de um resultado positivo. “Vamos fazer o nosso”, esse era o discurso pronto da equipe.

Discurso pronto e executado. De fato, o Palmeiras viria para fazer um boa partida e dificultar as coisas para o Vasco. Luís Felipe Scolari não é bobo. Com certeza tinha visto a última vitória vascaína, diante do Botafogo. E, certamente, já sabia como anular o adversário que, vinha tal qual estivera no último domingo no Engenhão.

Para isso, Felipão armou um Palmeiras em um 4-3-2-1 repleto de variações. A mais comum delas, era a passagem para o 4-2-3-1, com a subida de João Victor pelo lado direito. Outra variação importante era a defensiva. Nessa situação, o verdão se modificava para um 4-3-3, com a volta de Rodrigo Bueno, ocupando a última linha, pelo lado direito.

Foi dessa forma que o Palmeiras, mesmo saindo atrás do placar, encaixou sua marcação, ganhou o meio de campo, e colocou pressão nos cruzmaltinos. Esses, por sua vez, vinham no mesmo 4-3-1-2 de domingo, com Felipe de trequartista, e Fellipe Bastos e Allan de carrilleros (denominação usada para os jogadores que fazem os extremos laterais do losango de meio de campo). Veja no desenho a seguir:

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Embora dominasse a partida, o Palmeiras foi para o vestiário com uma derrota parcial de 1 x 0, gol marcado por Dedé. Felipão, então, optou por confiar na equipe e manter a estrutura montada. Cristóvão Borges, no entanto, não gostava do que via, e teve, pois, que fazer alguns ajustes na equipe. Nada de tão drástico, mas, apenas, ajustes de funções e posicionamentos. Mantendo, mesmo assim, o 4-3-1-2.

Nitidamente, o Vasco voltou do intervalo melhor que o Palmeiras, e criava, com facilidade, algumas chances de gol. Felipe, mais uma vez, jogava muito bem e regia o time com passes certeiros e jogadas de exuberância técnica.

Vendo a crescência vascaína, Felipão não teve escolha: seu banco teria que ser acionado. Chamou ele, então, os atacantes Pedro Carmona e Dinei. O primeiro entraria para fazer uma função de segundo atacante que caía pela direita. Já Dinei seria o centro-avante da vez. Na nova configuração, o “Palestra Itália” viria atuar em um 4-3-3, com Luan aberto pela esquerda.

Foi assim que o Palmeiras chegou ao seu gol de empate e melhorou consideravelmente na partida. Dinei e Carmona entraram pondo “fogo” no jogo, e foram muito bem. Pedro Carmona fazia as jogadas induviais que faltavam, enquanto Dinei incomodava os zagueiros vascaínos, usando sua força.

O Vasco, inerte à situação, veio, por meio de substituições burocráticas, mostrar que o empate não era tão ruim assim para quem jogou praticamente com dois jogadores a menos, haja vistas as apresentações de Diego Souza e Éder Luís. Entraram Bernardo, Élton e Diego Rosa. E, assim ficou o “campinho” da segunda etapa:

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Depois da partida, Diego Souza veio a público reclamar que esteve muito isolado. O engraçado dessa história é que ele fez exatamente a mesma função diante do Botafogo e não reclamou. Não reclamou, porque venceu. Como futebol pode ser tão de resultado?

Mas o fato é que Felipão “matou a pau” o esquema de Cristóvão. Um esquema que há três dias era dado como vitorioso e inquestionavelmente “o melhor” para a equipe. Veio, então, o futebol, e toda a sua corte de deuses, decretar que o inquestionável não existe.

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Fonte: Na Prancheta
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