Dezenove anos de idade, 13 de natação, 11 de competições e mais de mil medalhas. É com esse currículo que o nadador Vítor Molina, morador da Vila Valqueire e estudante de Educação Física da Universidade Castelo Branco, em Realengo, pretende lutar por uma vaga nas Olimpíadas de Londres, em 2012.
Para conquistar seu objetivo, Molina trabalha em duas frentes: além de se preparar para provas tradicionais, passou a treinar maratona aquática, uma modalidade dos Jogos que começou a ser disputada em Pequim, em 2008.
Nadei a Travessia dos Fortes, em Copacabana, e fiquei com o 20olugar geral. É um ótimo resultado, se considerarmos que foi a primeira prova desse tipo que disputei.
A colocação me permite sonhar com as Olimpíadas afirma o atleta.
No início de 2008, com apenas 16 anos, Molina participou da seletiva para disputar os Jogos de Pequim. Segundo o nadador, foi uma experiência inesquecível.
Consegui a 18acolocação nos 100 metros costas, que é minha especialidade, e isso me deixou muito feliz. Também senti a emoção de ouvir a torcida gritando meu nome e de disputar uma prova transmitida ao vivo pela televisão conta Molina.
Mesmo já tendo nadado ao lado de grandes nomes da natação brasileira, como César Cielo e Thiago Pereira, é no americano Aaron Peirsol, referência no nado de costas e ganhador de três medalhas olímpicas, que Molina se inspira.
Gosto muito da forma como ele faz o nado de costas, um estilo complicado e que surgiu por acaso na minha vida, já que eu preferia o borboleta.
Um professor acreditou que minhas braçadas eram boas para a modalidade e me incentivou. Mas, no início, eu não gostava. Abria os olhos e só via o céu brinca Molina.
O jovem atleta nada oito mil metros por dia. Porém, o que o cansa mais é a distância entre sua casa e o clube do Vasco, em São Cristóvão, onde treina.
Às vezes, fico mais de uma hora em pé no ônibus, o que me desgasta muito. Porém, sei que tenho de persistir, não me falta força de vontade garante Molina.
(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal O Globo)