Futebol

Negociação de Ganso com o São Paulo lembra ida de Bebeto para o Vasco em 198

O torpedo no meu aparelho celular apareceu com horário marcado: 1h07! A essa altura, todos os sites já haviam dado a invormação de que Paulo Henrique Ganso era jogador do São Paulo. Mas apenas nesse horário, o recado denuncia: \"Acabamos de assinar. Ganso é tricolor!\" É a maior compra da história por um clube brasileiro: $ 9,1 milhões de euros, acima dos $ 8 milhões do Atlético Mineiro por André, $ 7,5 milhões do São Paulo por Luís Fabiano.

O São Paulo subiu um pouco o valor depositado. Entra com R$ 16,5 milhões e o Sonda com R$ 7,5 milhões. O São Paulo fica com 32% do contrato, o grupo Dis com 68%. Não pense nesses números para entender se o clube do Morumbi tem chance ou não de obter lucro com a operação. O investimento é exclusivamente esportivo. Se vai dar resultado em campo, depende de Ganso.

O meia do Santos tem um problema no joelho com reflexo na mente ou talvez seja o inverso. A infelicidade pode ser causa da sequência de lesões, mas estas podem comprometer sua confiança, sua capacidade de atuar em alto nível. O sentimento de liberdade é um tanto contraditório levando em conta que não estava preso no Santos, mas recebendo bom salário e em dia. Mesmo assim, esse sentimento de liberdade pode devolver a paz para jogar futebol. Será assim se o problema da mente tiver sido mais grave, nos últimos meses, do que o do joelho. Quem conviveu com Ganso na seleção brasileira tem certeza de que isso é verdade.

Ganso repete o caminho de outros três camisas 10 do Santos de boa trajetória no São Paulo. Em 1961, Jair Rosa Pinto trocou a camisa 8 da Vila pela 10 do Morumbi. Não foi campeão.

Em 1980, Aílton Lira, camisa 10 do Santos entre 1976 e 1977, camisa 8 entre 1978 e 1979, chegou ao Morumbi e foi campeão vestido com o número mais sagrado do futebol. Foi campeão paulista no ano de sua chegada.
Em 1984, Pita trocou pura e simplesmente a camisa 10 da Vila pela tricolor. Estreou com três gols numa vitória do São Paulo por 3 x 0 sobre a Ferroviária. Foi campeão paulista em 1985 e 1987, campeão brasileiro de 1986.

A semelhança de estilos entre Ganso e Pita foi comentada desde sua estreia. Pita era mais rápido. Ninguém vai notar a diferença se Ganso estiver bem da cabeça e do joelho. Nesse caso, o São Paulo terá feito um dos grandes negócios de sua história.

GRANDES NEGÓCIOS ENVOLVENDO CLUBES BRASILEIROS

1989 - BEBETO (Flamengo - Vasco) - Bebeto tratava da renovação de seu contrato com o Flamengo. A novela se arrastava e o Vasco atravessou o negócio. O Flamengo respondeu que quem quisesse comprá-lo teria de pagar 7,5 milhões de cruzados. O Vasco depositou. Flamengo tentou ainda uma liminar para impedir a assinatura do contrato. Em vão.

1994 - RIVALDO (Corinthians - Palmeiras) - O Corinthians contratou do Mogi Mirim Válber e Admílson em definitivo, Leto e Rivaldo por empréstimo, sem valor do passe estipulado. Ao final do período, o valor para compra foi definido em 2,8 milhões de dólares. A Parmalat pagou e Rivaldo foi para o Palmeiras.

2002 - RICARDINHO (Corinthians - São Paulo) - Logo depois da Copa do Mundo de 2002, Ricardinho não renovou com o Corinthians. O São Paulo pagou R$ 4 milhões. Na época, foi a maior transferência envolvendo dois clubes brasileiros. Ricardinho não foi bem no Tricolor.

1982 - BATISTA (Internacional - Grêmio) - No final de 1981, Batista sofreu fratura em partida contra o Sport, enquanto negociava a renovação. Um desentendimento no processo de renovação contratual permitiu ao Grêmio pagar o passe na federação. Em 1982, Batista trocou um rival pelo outro.

1982 - NELINHO (Cruzeiro - Atlético) - O melhor lateral-direito da história do futebol mineiro atuou pelo Cruzeiro entre 1973 e 1982, com um breve período de empréstimo ao Grêmio. Depois de se desentender com o técnico Iustrich, foi negociado diretamente pelo Cruzeiro com o Atlético por 20 milhões de cruzeiros.

1972 - TOSTÃO (Cruzeiro - Vasco) - Foi o maior negócio da época. O Cruzeiro pagou Cr$ 3,5 milhões, equivalentes a 535 mil dólares. O valor, corrigido pelo jornalista econômico Celso Ming em 2005, era igual a 2,4 milhões de dólares.


O FUTEBOL BRASILEIRO HOJE TEM TODAS AS TABELAS DE PREÇOS NAS VENDAS PARA O EXTERIOR. MAS É MAIS DIFÍCIL FAZER UMA TABELA COMPLETA E PRECISA COM NEGOCIAÇÕES DE CLUBES BRASILEIROS COM CLUBES BRASILEIROS, PELAS DIFERENÇAS DE MOEDAS E CÂMBIOS. POR ISSO, CONTO COM SUA AJUDA PARA LEMBRAR OUTROS CASOS IMPORTANTES, SE POSSÍVEL COM O PREÇO (JORGINHO, DO PALMEIRAS PARA O CORINTHIANS EM 1987 É UM EXEMPLO. LEMBRE OUTROS).


Agradecemos ao nosso colaborador Walteony Andrade Porcino, do site Vasco News pelo envio da matéria.

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Fonte: Blog do PVC
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