Em entrevista ao canal Torres da Colina, Nelson Sendas falou sobre como a torcida do Vasco é importante, porém, como é importante o clube corresponder dentro de campo.
Você que é um cara do mercado, Nelson, já emendando uma pergunta que veio na minha cabeça, como que você enxerga esse poder de consumo, de cliente mesmo, poder de fazer cliente através dos seus torcedores que é um público bem fiel, né Nelson, você que é um cara do negócio. Como você enxerga esse público consumidor do Vasco? É pouco explorado, Nelson?
- Eu acredito que não existia um trabalho retilíneo, né. Uma parte faz, para, vai e volta. O Vasco tem uma torcida — na época da eleição foi feita uma pesquisa — e o Vasco com nosso rival tem torcida no Brasil inteiro. E na época, se não me escapa a memória, 60% dos vascaíno não estão no Rio de Janeiro. Quer dizer, o Vasco tem uma torcida continental, na verdade desde o Sul até o Nordeste, Norte e é lógico que isso aí pode ser um potencial de trazer receita para o clube, agora o Vasco tem que corresponder, né. As pessoas têm que acreditar no que está sendo feito no Vasco, então não adianta nada ter isso tudo e as pessoas acreditarem que o Vasco está, mequetrefe, que tem uma gestão ruim. Mas, eu acho que o Vasco tem uma marca poderosa e você vê que aquele programa sócio torcedor (elogiou o projeto). E se precisar — o que aconteceu é que o Salgado assumiu o Vasco na segunda divisão — ele não tem torcida, não está tendo torcida no estádio, a venda de camisa e isso tudo dificulta, né. Como o futebol no mundo inteiro está passando uma situação complicada por falta de receita, nós estamos tendo dificuldade de vender jogadores lá para fora, então isso tudo é uma tempestade perfeita, mas que a tendência é melhorar.