Clássico no Rio de Janeiro. Viagem de avião e ônibus para Araraquara, interior de São Paulo. Depois, volta de ônibus e avião para o Rio. Mais um clássico em casa. Na sequência, voo até Petrolina, interior de Pernambuco. Quinta-feira, retorno para a capital fluminense.
No espaço de 11 dias, o Vasco tem uma sequência de jogos e viagens que pode ser a maior de 2022. Presente em todos os campos, voos e concentrações, Nenê coloca à prova nesta quarta-feira, às 21h30, contra o Juazeirense (BA), pela segunda fase da Copa do Brasil, sua resistência.
O meia, que completará 41 anos em julho, acumula, nas três partidas da maratona, 260 minutos em campo, dos 270 possíveis. Somará cerca de 2.600km percorridos depois do jogo desta noite, no interior baiano.
O mapa de calor e o número de posse de bola nas últimas três partidas, de acordo com o site Footstats, mostram que Nenê conseguiu manter até agora o mesmo nível de movimentação em campo e de participação no jogo. Em Juazeiro, o Vasco conta demais com o meia, mais uma vez.
A vaga na terceira fase será decidida em jogo único e o Vasco, apesar de visitante e melhor colocado no ranking da CBF, não terá vantagem alguma. Quem vencer, seguirá na competição nacional diretamente. Em caso de empate, a disputa de hoje vai para os pênaltis.
O sucesso de Nenê e do Vasco esta noite implicará na ocorrência de outras maratonas pesadas como essa. Fora isso, a Série B terá no máximo três jogos seguidos com intervalo menor do que uma semana entre eles. No próximo jogo do Vasco, contra o Resende, existe a possibilidade de Nenê ser poupado, já de olho nas partidas pela semifinal do Carioca.
Outra decorrência da classificação em Juazeiro será financeira. Até agora, o clube acumulou, pela participação na primeira e na segunda fases da Copa do Brasil, R$ 1,37 milhão. Passando para a terceira fase, receberá mais R$ 1,9 milhão.
O dinheiro cairá muito bem em São Januário, mesmo depois de o empréstimo de R$ 70 milhões da 777 Partners ter caído na conta vascaína. Com o dinheiro, a diretoria quitou dois meses de salário de funcionário no regime das CLT, quitou duas parcelas do Regime Centralizado de Execuções (RCE), que visa a quitar a dívida trabalhista e cível do clube, e ainda zerou pendências com funcionários contratados no formato de pessoa física — com alguns, a dívida era de até cinco meses.
O dinheiro ainda abrirá espaço no orçamento para contratação de reforços.