Se Nenê sonha com a seleção brasileira, é porque sabe que seus números pesam a favor de uma convocação. O meia sobra não só na Série B como também no Vasco. Um desempenho que joga por terra o fato de já ter 34 anos.
Apesar de ser o segundo jogador mais velho do time (é mais novo apenas que Rodrigo), Nenê é quem mais se destaca. Ele é o artilheiro da equipe no ano (14 gols) e o garçom da temporada (11 assistências).
O camisa 10 mostra que idade não é problema. Perto de fazer 35, é quem mais atuou pela equipe no ano (25 partidas) e registra o maior número de minutos jogados (2.245). É com essas credenciais que ele ainda sonha chegar à seleção.
— Espero que uma hora eu chegue lá. Estou trabalhando para isso. É a consequência de um trabalho. Se vier, vai ser um sonho realizado — admitiu o camisa 10 vascaíno à Rádio Globo: — Enquanto isso, estou fazendo meu trabalho. O mais importante agora é ajudar minha equipe a manter os 100% (de aproveitamento) e continuar com essa série (invicta) maravilhosa.
O ano de 2016 é mesmo de Nenê. Ele não só é o maior goleador do Vasco na temporada, como artilheiro da Série B, com sete.
— Sei que o Dunga tem as convicções dele. Mas teve uma lista de 40 (pré-convocados para a Copa América Centenário), e o Nenê não fez parte. Lamento. Quero dizer que ele está convocado para a minha seleção — consolou o técnico Jorginho durante entrevista coletiva.
Nenê chegou a viver, contra o Bahia, um momento diferente. A cobrança de pênalti — para o alto, bem longe do gol — em nada lembrou o jogador que conquistou o carinho da torcida.
— Na hora, fui fazer o pé de apoio, mas tinha um buraco. Infelizmente a bola subiu — justificou-se, ao canal PFC.
Se a bola isolada é para ser esquecida, o mesmo não se pode dizer do pique dado desde o meio do campo até a grande área, no lance que originou o pênalti. Perto de completar 35 anos, o capitão cruz-maltino ainda mostra fôlego de garoto:
— O segredo é ser profissional, fazer o trabalho com paixão. A cada dia tento dar o melhor pelo time.