Nenê foi obrigado a pular etapas, nasceu prematuro como salvador da pátria de um Vasco afundado na crise. Pouco mais de 40 dias depois de sua estreia, o apoiador superou três meses de inatividade, a maratona de 13 jogos seguidos e se tornou um dos principais nomes da reação do time no Campeonato Brasileiro.
O gol marcado na vitória de domingo, sobre o Flamengo, consolidou a ascensão do apoiador em São Januário. Aos 34 anos, o meia participou de todos os jogos do time desde que estreou, contra o Coritiba, no dia 15 de agosto.
Nenê foi titular em todas as partidas, e atuou durante os 90 minutos em nove ocasiões. Antes do primeiro jogo, treinou apenas dez dias na Colina, e logo foi jogado aos leões. Apesar de ainda arder, a fogueira já não castiga tanto quanto há um mês, quando a distância do Vasco para o primeiro time fora da zona de rebaixamento era de 13 pontos. Hoje, ela é de cinco.
- Chegamos a um momento em que essa reação não poderia mais esperar. Era agora ou nunca. Não sei se a reação veio a tempo, mas pelo menos ela veio. Estamos crescendo e queremos sair da zona de queda antes do fim do Brasileiro - afirmou.
Tanto sacrifício tem seu preço. Nas últimas quatro partidas do Vasco, Nenê foi substituído em três. Contra o Flamengo, deu sinais de cansaço durante o segundo tempo. A tendência é que o jogador seja poupado da partida de amanhã, contra o São Paulo, pela Copa do Brasil. Fominha, Nenê garante que quer jogar:
- Isso está nas mãos do Jorginho. Eu já disse a ele que por mim jogo todas as partidas. Quero ajudar.
Colabora para o bom momento a rápida afinidade que se criou entre os vascaínos e seu camisa 10. Nenê festejou o gol sobre o Flamengo com a torcida e recebeu cartão amarelo por causa disso. Segundo ele, faria de novo, mesmo com a advertência:
- Foi uma maneira de comemorar com quem está acreditando no time.