Não há quem drible melhor que Nenê no futebol do Rio. E a mesma certeza corria pelas quadras de futsal de Jundiaí, no interior de São Paulo, em meados dos anos 90. O garoto magrelo driblava e sorria, alegrava os torcedores e irritava os adversários. Neste domingo, às 16h, contra o Bangu, o camisa 10 do Vasco fará de São Januário sua quadra, e do Estadual, os saudosos torneios na cidade natal.
Até o momento, já foram sete dribles certos na competição local. Riascos, seu companheiro de time, é o segundo melhor driblador, com cinco. A habilidade que mostra aos 34 anos começou a ser lapidada ainda criança. Aos 13, chegou ao Clube Jundiaiense e passou a ser aluno de João Ernesto Chiorlin, mais conhecido como Ernestinho.
Aos 71 anos, o professor garante que um recurso utilizado pelo meia até hoje foi ensinado por ele.
- Eu insistia, dizia que, sempre que ficasse frente a frente com o goleiro, ele tinha de tocar por cima, mesmo que errasse o gol. Se chutasse no goleiro, ia para o banco - lembra Ernestinho: - Pode ver que contra o Palmeiras, no ano passado, e num jogo no Estadual (diante do Bonsucesso), ele deu a cavadinha sobre os goleiros.
Os dribles do arisco Nenê causavam a irritação dos marcadores. Desde cedo, o garoto franzino se acostumou com as entradas violentas de quem não aceitava ficar para trás. Andrezinho, amigo do jogador até hoje e adversário nos tempos de futsal em Jundiaí, lembra que o estilo de jogo do camisa 10 vascaíno era especial.
- A perna esquerda dele sempre foi diferente, especial. Ele driblava e sorria, isso deixava o pessoal louco. Mas ele nunca ligou - diz o xará do meia vascaíno.
Nenê, primeiro no alto à esquerda