Há mais de um ano que o volante Nilton não pisava na sala de entrevistas do Vasco. Fazia tanto tempo que o espaço, reinaugurado em setembro, mudou radicalmente. Depois de se recuperar de duas graves lesões no joelho, o jogador vem readquirindo ritmo e pode ter ser que entre no fogo, atuando na zaga, desta vez no Brasileiro.
Com a suspensão de Renato Silva, Victor Ramos assumiria o setor ao lado de Dedé. No entanto, o zagueiro ainda sente dores musculares na coxa direita e segue em tratamento no departamento médico. Com isso, Nilton se colocou à disposição do técnico Cristóvão Borges para jogar improvisado.
Em sua volta ao time, no dia 5 de outubro, o volante foi escalado contra o Aurora, pela Sul-Americana, para jogar na zaga, mas não teve bom desempenho, justamente por estar retornando após mais de um ano. Em Cochabamba, o Gigante da Colina perdeu por 3 a 1.
Senti a altitude e tive bons e maus momentos. Joguei numa posição que não era a minha de origem depois de um ano sem atuar. Mas eu me coloquei à disposição e disse que, se ele precisasse de mim ali, eu poderia jogar. E agora, contra o Atlético Mineiro, ele disse que ia me retribuir da maneira que eu o ajudei, contou o jogador, aprovando a filosofia. Aqui, é um ajudando o outro. A palavra solidariedade se encaixa bem com o nosso plantel. E, se o Cristóvão precisar novamente, eu vou estar novamente à disposição, sem sombra de dúvida.
Nilton chegou ao Vasco em 2009 para jogar a Série B e ajudar o clube a retornar à elite do futebol. Com o tempo, ele viu o Vasco se unir, ganhar a Copa do Brasil e buscar o topo do Brasileiro. Acabamos formando não só um grupo, mas uma família. Espero que a gente leve isso para frente, porque ano que vem temos a Libertadores. Vai ser muito acirrado e nós estamos no caminho certo, aposta.
Apesar de tudo o que passou, Nilton não acha que viveu um ano para ser esquecido. Não digo que foi um ano ruim porque teve a chegada da minha filha. Eu acabei ganhando experiência dentro e fora de campo, argumentou.