Após revelar, nesta segunda-feira (6), que também fabricará motores no Brasil, a Nissan voltou a afirmar que não há mais possibilidade de patrocinar o Vasco da Gama na temporada 2014. Ainda que a diretoria do clube carioca aposte em nova rodada de conversas para chegar a um possível acordo de manutenção, a alta cúpula da montadora foi taxativa.
"Não existe chance de o patrocínio voltar, é nossa posição final", afirmou Fraçois Dossa, presidente da Nissan do Brasil.
Segundo o executivo, a decisão de retirar o patrocínio aconteceu em conjunto com a matriz japonesa. "Foi uma atitude para proteger a marca", concluiu, ao lado de seu chefe, o presidente global da aliança Renault-Nissan Carlos Ghosn.
Clube e fabricante assinaram, em julho passado, contrato no valor de R$ 28 milhões por quatro anos de patrocínio -- R$ 7 milhões por ano. A equipe de São Januário chegou a antecipar a primeira cota para quitar salários e dívidas trabalhistas, mas perdeu a parceria após o episódio da briga de facções organizadas de sua torcida e do clube Atlético-PR, em Joinville (SC), na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2013.
O confronto não causou mortes, mas quatro pessoas ficaram feridas e as imagens da pancadaria rodaram o mundo.
A rescisão do contrato com a Nissan deixou o clube cruzmaltino sem R$ 21 milhões previstos para 2014, 2015 e 2016. Além disso, Vasco e Atlético sofreram punição em tribunal desportivo.