Todo jogador de futebol sonha um dia poder ajudar a mãe. A maioria devolve em conforto e gratidão todo o carinho dedicado na infância. Com Philippe Coutinho, jovem craque do Vasco, é assim. A mãe, Dona Esmeraldina, vai viajar com ele para a Itália quando o jogador completar 18 anos e se apresentar à Inter de Milão. Digo a ele para ser humilde, não deixar que o sucesso suba à cabeça. Respeitar os outros e acreditar no seu dom, aconselha.
Neste Dia das Mães, o garoto promete esquecer os legumes que a mãe o obrigava a comer e as vezes em que não podia dormir na casa dos amigos. Prefere lembrar que a mãe aprendeu a dirigir só para levá-lo nos jogos das categorias de base. Ela sempre me aconselhou a não ir pelo caminho errado, a ficar longe das drogas, lembra Coutinho, festejando a companhia dos pais quando deixar o Brasil. Ficar longe da família é difícil, com eles lá do meu lado facilita a adaptação.
A proteção aumentou na família de Philippe Coutinho depois que ele perdeu dois dentes ao se chocar com um goleiro jogando futebol e caiu na cisterna do jardim quando criança.
Em campo, a ralação é acompanhada pela família, que grava todos os jogos. Minha mãe pede gol, quando jogo mal pergunta se estou com problema fora de campo, conta. Dona Esmeraldina lista as manias do filho. Ele não come salada, só feijão sem caroço. Faço suco, empurro fruta, diz a mãe, para ver o filho se deliciar com o prato predileto: macarrão com salsicha.