Estatísticas confirmam superioridade do meia do Flamengo sobre o vascaíno no clássico. Rubro-negro foi o autor do gol da vitória, e cruz-maltino pouco ameaçou.
Um dos caminhos para compreender a vitória do Flamengo sobre o Vasco na semifinal da Taça Guanabara é a comparação entre os dois craques de cada time. Se Diego brilhou com gol de pênalti, muita movimentação e passes precisos, Nenê ficou devendo do lado cruz-maltino e levou pouco perigo ao gol adversário.
Os números confirmam a sensação deixada em campo, mas a importância de ambos no clássico vai além das estatísticas. Diego se destacou, sobretudo, pela tomada de decisões. Fez fluir o jogo rubro-negro, movimentou-se com inteligência e levou vantagem sobre a marcação. Sobrou em campo.
Nenê, por outro lado, ficou encaixotado contra Willian Arão e Romulo. O camisa 10 cruz-maltino atuou muito mais centralizado e recuado que Diego – o que não é costume do craque vascaíno. Sem espaço para criar, finalizou apenas uma vez. Boa parte de suas dificuldades se deve também ao fato de estar sobrecarregado – Douglas, Wagner e Kelvin pouco contribuíram na armação em si.
Nos números, Diego acertou quatro passes a mais que Nenê – ambos tentaram a mesma quantidade, 29. O camisa 35 do Flamengo também foi melhor nos cruzamentos: acertou três de nove, contra um de 14 do vascaíno – um indicativo de como o cruz-maltino foi mal até nas bolas paradas, um de seus pontos fortes.
A grande diferença está nas finalizações. Diego, mais participativo e com mais espaço – muito por conta de atuar num time mais organizado e entrosado -, finalizou cinco vezes, três delas certas, uma delas o gol de pênalti que definiu o triunfo. Nenê, longe do gol e sem liberdade, só finalizou uma bola – e sequer acertou o gol.