O Vasco promoveu neste sábado, após o jogo contra o América-MG, pela Série B do Brasileirão, uma entrevista coletiva a respeito do estado de saúde de Everton Costa, que sofreu uma arritmia cardíaca na partida da última quarta, contra o Resende. O retorno do jogador ao futebol profissional não é garantido, dão a entender as palavras do médico Gustavo Gouvêa, especialista que vai assumir o caso a partir de agora.
- O atleta teve uma arritmia cardíaca, o coração bateu muito acelerado, levou ele a passar mal, teve uma convulsão. Isso foi revertido através de um choque para voltar ao ritmo normal. Seguiu uma investigação e fizemos uma ressonância que constatou a miocardite, inflamação do músculo do coração. Teve um quadro gripal algumas semanas antes, esse vírus que causou a gripe causou a inflamação no coração. Essa região do coração fica suscetível a desenvolver a arritmia. Afastamos qualquer doença coronariana com os exames. A programação daqui para a frente é repetir a ressonância em quatro semanas, se o exame mostrar que a inflamação regrediu, totalmente ou significativamente, o prognóstico será bom. Se a área ainda estiver muito inflamada, o prognóstico fica pior. Tratamento agora é repouso e drogas antiarritmicas, e em quatro semanas, com nova ressonância, vamos poder traçar prognóstico e saber qual será o futuro dele em relação ao futebol profissional.
Gouvêa informou ainda que, no caso de tudo estar bem após o exame marcado para daqui a quatro semanas, Everton Costa ainda precisará de mais cinco meses longe dos gramados antes de voltar a atuar.
- Se tudo correr bem no exame daqui a um mês, a expectativa é que ele volte aos treinamentos em seis meses. Antes disso, não. Ou seja, no melhor dos quadros, ele fica um mês até o exame e depois mais cinco sem jogar no mínimo. Depois, ainda vai precisar de revisões periódicas, mas a expectativa é que ele fique totalmente curado.
Apesar do futuro profissional incerto, o jogador segue com previsão de alta inalterada: ele deve deixar o hospital na próxima terça-feira.