No momento, não há negociações avançadas com outros jogadores

Sem Jair, com desconforto na coxa, e com De Lucca se recuperando de um quadro viral, o meio-campo do Vasco no clássico contra o Fluminense foi formado por Rodrigo, Barros e Galarza. Três jovens que vieram da base e que ajudam a explicar a necessidade do clube de São Januário por reforços mesmo depois de ter fechado 11 contratações para a temporada.

A derrota por 2 a 0 no clássico não tem nada a ver com a escalação dos garotos. Em especial Rodrigo e Barros, que foram integrados ao profissional em 2023 e tiveram boa atuação no Maracanã, apesar do erro do primeiro no segundo gol do Fluminense já no fim. Os volantes, inclusive, mostraram-se boas opções para o técnico Mauricio Barbieri. Mas, por enquanto, não podem passar de opções.

Entre as maiores necessidades estão justamente duas peças para o meio de campo: um primeiro volante e um meia ofensivo. Os movimentos no mercado indicam que o Vasco está ciente da carência: o clube tentou, por exemplo, a contratação do volante Léo Naldi junto à Ponte Preta e sondou a situação de Papu Gomez, meia do Sevilla.

- Sempre estamos debatendo. É uma coisa que me deixa muito feliz. Existe uma dificuldade que é natural. Muitas vezes buscamos um nome e não acertamos por questões financeiras, contratuais. O elenco ainda não está fechado, até por conta da janela estamos buscando - disse Barbieri após o jogo.

Diretor da 777 está no Rio

A questão é quando esses reforços vão chegar ao clube. Desde a última semana, o Vasco recebe a visita de Johannes Spors, diretor esportivo da 777 Partners e que antes era diretor geral do Genoa, clube que também pertence à empresa americana. Ele assistiu ao jogo contra o Fluminense e é uma das figuras que auxiliou o departamento de análise de mercado vascaíno nos últimos meses.

Recentemente, o Vasco atacou outra carência do elenco ao buscar um zagueiro que jogue pela direita e fechar com o argentino Manuel Capasso, que chegou ao Rio de Janeiro no último domingo e foi direto para o Maracanã acompanhar o clássico. Ele será o 11º reforço para 2023.

Mas no momento não há negociações avançadas com outros jogadores. Estima-se que no mínimo mais três reforços chegarão ao Vasco antes do Campeonato Brasileiro. Mais atletas podem ser contratados a depender da necessidade de Mauricio Barbieri, que tem papel fundamental no processo.

Apesar de Paulo Bracks concentrar as ações do Vasco no mercado, o diretor esportivo faz o mapeamento em conjunto com o treinador, que é quem define as carências e as características dos jogadores a serem buscados.

Com a SAF, Barbieri tem a confiança da diretoria para realizar um trabalho a médio prazo e, por isso, tem voz quando o assunto é contratação. Junto aos dois, Abel Braga também participa do debate.

Além dos meio-campistas, o Vasco também vê necessidade em contratar um atacante de lado e pode fechar com mais um centroavante, nesse caso por oportunidade de mercado. O clube fez proposta ao atacante Lelê, que está no Volta Redonda e pertence ao Itaboraí Profute. A tendência é que as partes voltem a conversar nos próximos dias.