Cristóvão rodou, rodou e parou novamente no Vasco. Apresentado ontem ao lado de Eurico Miranda, o treinador chega de outra forma, já consolidado na função, diferentemente do contexto de 2011, quando era auxiliar de Ricardo Gomes e teve de assumir o time depois que o amigo sofreu um acidente vascular cerebral durante um jogo. Curiosamente, foi a fase em que mais gozou de prestígio à beira do campo.
O elevado nível de rejeição da torcida cruz-maltina ao seu retorno mostra um treinador longe dos melhores dias. Cristóvão acumula passagens apagadas desde que deixou a Colina. Não teve brilho no Bahia, no Fluminense, no Flamengo, no Atlético Paranaense e no Corinthians.
- Desde que saí do Vasco, sempre fui abordado mais por torcedores do clube parabenizando o trabalho feito - ressaltou o treinador: - Logicamente, a manifestação é democrática. Todo mundo pode falar sem problema algum. Isso é normal.
Em São Januário, Cristóvão teve aproveitamento de 60,25% e o desempenho mais próximo que alcançou foi no Fluminense, em 2014 e 2015, quando conquistou 57,5% dos pontos. Pelo Vasco, foi vice-campeão brasileiro, semifinalista da Sul-Americana e parou nas quartas de final da Libertadores. No fim de 2011, acabou eleito melhor técnico da Série A.
É baseado mais neste passado pelo Vasco do que no desempenho recente por outros clubes que Eurico Miranda garante ter feito a melhor contratação para 2017. Para ele, Cristóvão é o nome ideal para o clube hoje do que o espanhol Pep Guardiola:
- Cristóvão conhece o Vasco. Todo mundo gostaria, porque é baba-ovo, do Guardiola aqui. Mas ele levaria um tempo para ele resolver o problema do Vasco.