Nem de longe Joel Santana era o nome dos sonhos do Vasco, mas quase que na base do "se não tem tu, vai tu mesmo", o treinador de 65 anos passar a ganhar força no clube.
Após ter uma negociação frustrada com Enderson Moreira, que acertou com o Santos, o Cruzmaltino se viu praticamente de mãos atadas em função das condições que tem a oferecer ao próximo comandante: um contrato de apenas três meses, com salário máximo de R$ 150 mil. Dentro destas condições, Joel, entre os disponíveis no mercado, é o único que, a princípio, se enquadra nestes termos.
As limitações vascaínas se dão em função da eleição presidencial que acontecerá dia 11 de novembro (o que faz com que a atual gestão não possa propor um vínculo mais longo) e da própria política financeira do clube, que estabelece um teto salarial.
O nome de maior consenso era o de Oswaldo de Oliveira, demitido pelo Peixe para a chegada de Enderson, mas o mesmo, na equipe paulista, recebia R$ 400 mil. Além disso, ele é adepto de contratos de médio a longo prazo, algo que inviabiliza, num primeiro momento, um acordo.
Joel Santana é um nome que agrada ao presidente Roberto Dinamite e seus aliados da diretoria eleita. O diretor-executivo Rodrigo Caetano, porém, não é um entusiasta do seu trabalho, mas começa a aceitar a ideia em virtude da falta de opções.
Conta a favor do experiente técnico a fama de "bombeiro", levantando times que estão em crise. Ele também possui forte ligação com o clube, onde já foi campeão como jogador e treinador.
Caso seja contratado e consiga classificar o time para a Série A do Campeonato Brasileiro ano que vem, Joel tem grandes chances de permanecer se o vencedor da eleição for Eurico Miranda, com quem possui amizade de longa data.
"Papai" Joel está há um ano sem comandar um time. Sua última passagem foi pelo Bahia. Com seu jeito folclórico e a fama conquistada com o inglês pouco articulado, ganhou espaço no mercado publicitário, onde tem conseguido bons cachês.