O Vasco divulgou um comunicado oficial nesta terça-feira revelando que foi comunicado pela Federação do Rio do resultado do exame antidoping do meia Carlos Alberto na partida contra o Fluminense, no dia 2 de março. De acordo com a nota, as substâncias para as quais o atleta testou positivamente são Hidroclorotiazida e Carboxi-Tamoxifeno.
Segundo o clube, o atleta solicitou contraprova a um labortatório e aguarda novo resultado. A nota, assianda pelo diretor médico cruz-maltino Clovis Munhoz, diz que a possível presença das substâncias na contraprova não denotariam dolo para o atleta, e sim \"contaminação cruzada na confecção dos suplementos medicamentosos (medicação ortomolecular) os quais o atleta já faz uso há mais de um ano, com autorização do clube\".
Carlos Alberto soube do resultado do exame assim que chegou a São Januário na manhã desta terça-feira. Ainda no vestiário, o diretor executivo de futebol do clube, René Simões, procurou o jogador para avisá-lo. Por isso, o meia-atacante subiu atrasado ao campo e teve uma curta conversa com o técnico Paulo Autuori. O departamento médico informou a Carlos Alberto que a substância encontrada em seu organismo costuma aparecer em remédios que combatem o câncer de mama.
O vice-presidente do TJD-RJ, Marcelo Jucá, explicou o procedimento e indicou que o jogador será suspenso preventivamente.
- A partir do momento que ocorre o resultado, que é confirmado que o atleta atuou em alguma partida com substância proibida, o laboratório comunica a Ferj e o atleta, de forma sigilosa. A Ferj encaminha isso para o tribunal, que suspende preventivamente por determinação legal e abre prazo para o clube, o atleta e o médico apresentarem uma defesa prévia. É a diferença do procedimento do doping para o procedimento sumário, como em outros casos de infração disciplinar. Ele apresenta defesa antes de ser denunciado. A partir daí, a procuradoria do tribunal decide se oferece denúncia ou não. Desde 2009, com a mudança no CBJD, passamos a adotar integralmente o código mundial anti-dopagem da Wada. De acordo com o artigo 102 do CBJD, após o resultado, o presidente da Ferj tem 24h para enviar o laudo ao TJD. O TJD passa a ter então 24h para decretar suspensão preventiva por no máximo 30 dias.
Confira a nota oficial na íntegra:
O Departamento Médico do Club de Regatas Vasco da Gama foi informado através de ofício da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), datado de 15/4/2013, do resultado analítico adverso, com a presença de traços das substâncias Hidroclorotiazida e Carboxi-Tamoxifeno (metabólico do tamoxifeno) na amostra de urina do atleta Carlos Alberto Gomes de Jesus, no jogo Vasco x Fluminense, em 2/3/2013.
Temos a esclarecer o seguinte:
1- Foi solicitado pelo atleta a análise da contraprova ao laboratório LADETEC, no prazo legal;
2-Se confirmada pela contraprova, a presença das substâncias referidas, estas, na nossa visão, não denotam dolo por parte do atleta e, sim, contaminação cruzada na confecção dos suplementos medicamentosos (medicação ortomolecular) os quais o atleta já faz uso há mais de um ano, com autorização do clube.
Estamos tomando todas as medidas necessárias para identificar as causas desse problema e apresentar a defesa do atleta.
Clovis Munhoz
Diretor Médico