A proposta feita pelo fundo americano Serengeti por 20% da Liga Forte Futebol (LFF) por US$ 980 milhões elevou o tom de negociação do bloco diante à Liga do Futebol Brasileiro (Libra), o outro grupo que também pretende criar uma liga. Para que ela saia do papel, impreterivelmente, terá que ter 40 clubes. Sem essa quantidade, o que haverá são empresas que negociarão direitos de TV em bloco.
Nos bastidores, o que se diz é que como a proposta de divisão de valores da Libra entre o primeiro e último colocados é menos igualitária (6 a 1 contra 3,5 a 1), a capacidade de atração de novos clubes está reduzida. Os maiores clubes já aderiram a um dos dois blocos e os que ainda sobram são agremiações menores, que não teriam tantas vantagens econômicas se associando a Libra. Por enquanto, a Libra tem 18 associados enquanto a LFF, 26.
Pessoas ligadas à LFF acreditam que a oferta do Serengeti deve aproximar a Libra das negociações, até porque o valor é ligeiramente mais alto do que o ofertado pelo fundo Mubadala, dos Emirados Árabes. Além disso, sustentam também que os próprios fundos interessados no negócio podem auxiliar nessa negociação e trazer “racionalidade à discussão”, segundo um membro da LFF.