O Movimento Nova Resposta Histórica (NRH), criado por associados do Vasco em novembro do ano passado com o intuito de viabilizar eleições diretas no clube, manifestou-se nesta semana em face ao impasse relativo à entrega da lista de sócios aptos a votarem nas eleições do clube.
Marco Lobo, um dos integrantes do NRH, criou abaixo-assinado para apoiar Faués Cherene Jassus, o Mussa, a acelerar a convocação de Assembleia Geral Extraordinária para a instituição das diretas no Vasco. O texto, apoiado na lei Nº 14.010, de 10 de junho de 2020, propõe que a AGE se dê virtualmente caso a mesma não possa se realizar presencialmente.
Vale lembrar que o Nova Resposta Histórica obteve 1.106 assinaturas favoráveis às eleições direitas de sócios adimplentes. Tal número, de acordo com lista de sócios divulgada pelo clube em novembro do ano passado, atingia 1/5 do necessário para a convocação de Assembleia Geral Extraordinária - amparado pelos artigos 59 e 60 do Código Civil.
Nas últimas duas semanas, três reuniões da Junta Deliberativa Eleitoral do Vasco foram realizadas para que seja feita a convocação de Assembleia Geral Extraordinária para a votação da reforma estatutária, que referenda as eleições diretas no Vasco.
As reuniões tinham como pauta principal a entrega da lista de sócios aptos a votarem no Vasco por parte do presidente Alexandre Campello. No primeiro encontro virtual, ele não o fez. Na semana seguinte, enviou pen drive com a listagem a Faués Mussa, presidente da Assembleia Geral.
Mussa, porém, afirmou que na lista não constavam todas as informações necessárias. Diante do impasse, a Justiça, acatando pedido dos presidentes dos Conselhos Deliberativo (Roberto Monteiro) e Fiscal (Edmilson Valentim) determinou um prazo de cinco dias para Campello enviar a listagem com as especificidades descritas em liminar expedida por desembargadora.
É importante destacar: há presidentes de poderes, porém, que contestam que o número anterior contemple 1/5 do quadro social. Na Junta Deliberativa Eleitoral, aliás, houve a aprovação de incorporação de remidos e benfeitores remidos (a ser confirmada na conclusão da ata), o que pode aumentar substancialmente o quadro social do Vasco.
O texto anexado ao abaixo-assinado criado pelo Nova Reposta Histórica critica duramente o retardamento da entrega da lista. Confira abaixo:
"Em 15 de novembro de 2019 um grupo de sócios indignados com todos os acontecimentos vexatórios promovidos por agentes políticos do Vasco, criou um movimento intitulado “Nova Resposta Histórica”. O movimento se amparou nos artigos 59 e 60 do Código Civil, que permite a convocação da Assembleia Geral Extraordinária através da reunião de 1/5 de seu quadro social com o objetivo de promover reforma do estatuto. Na ocasião, o edital de convocação deixava claro o pleito da reforma requerida: eleições diretas para Presidente da Diretoria Administrativa no Club de Regatas Vasco da Gama.
Em 14 de abril de 2020 foram entregues ao Presidente da Assembleia Geral, Sr. Faues Cherene Jassus, o "Mussa, devidamente assinadas pelos sócios estatutários do clube, as fichas exigidas para a convocação da Assembleia Geral Extraordinária, sendo inclusive em número superior a 1/5 do quadro social conforme apuração na lista de sócios divulgada no site oficial do próprio clube à época.
Até o presente momento o que vimos foi o retardamento da realização da Assembleia Geral Extraordinária tendo a lista de sócios como objeto central de discussão. Não bastasse isso, a ausência do Presidente da Diretoria Administrativa na última reunião da Junta dá o tom de desrespeito ao sócio que luta pelo seu direito ao voto de forma direta.
A Nova Resposta Histórica vem por meio desta petição eletrônica exigir que a vontade dos sócios seja respeitada e que a convocação da Assembléia Geral Extraordinária para votação das eleições diretas seja feita imediatamente como estabelece o Código Civil e regulamentados pelo Estatuto Social e Regimentos Internos do clube. Ainda que a terrível pandemia da COVID-19 que assola o mundo não possibilite a realização presencial da Assembleia Geral Extraordinária, que a mesma seja organizada de forma virtual, amparada pela lei Nº 14.010, de 10 de junho de 2020.
Aproveitamos a oportunidade para nos manifestarmos favoráveis ao óbvio de que a Assembleia Geral Ordinária de 2020 seja realizada sem fraude eleitoral, sem "sócios fantasmas”, sem "mensalões", sem irregularidades no processo eleitoral, sem urnas sendo lacradas pela justiça e sem a necessidade de postergá-la via justiça.
Isso é tudo o que nós, sócios e torcedores, esperamos minimamente dos presidentes dos 5 poderes, de seus agentes políticos e dirigentes que administram o clube, que por muitas vezes, fruto de comportamentos incondizentes com nossa grandeza, nos constrange, nos envergonha, nos apequena. Que vocês resgatem o Vasco democrático, o Vasco da inclusão, o Vasco como ele ficou conhecido: o legítimo clube do povo".