Novo supervisor de futebol do Vasco elogia o grupo: Indescritível

Com a saída de Rodrigo Caetano, o departamento de futebol do iniciou um processo de reestruturação. Uma das medidas tomadas foi, como se sabe, a promoção de Daniel Freitas à função de gerente-executivo de futebol. Outra medida adotada foi a promoção de Bruno Coev a supervisor de futebol do Vasco.

Em entrevista coletiva ao repórter Gustavo Penna, da Super Rádio Brasil, Bruno comenta sobre o desafio de planejar o futebol vascaíno:

- É uma oportunidade ímpar que se tem no meio do futebol, um meio muito difícil de se entrar. Vou agarrar a oportunidade com todas as forças. A cobrança vai ser muito maior, não tem jeito. Já me sentia um pouco cobrado, mesmo estando distante do processo. Agora na função de supervisor, a cobrança vai ser muito maior em cima de resultados.

Bruno respondeu se o fato de Daniel Freitas ter saído justamente da função de supervisor aumenta a cobrança sobre ele:
- Eu, particularmente, já me cobro muito. O fato de ter o Daniel como antigo supervisor de futebol, pela própria postura dele e a forma como ele sempre conduziu acaba me cobrando mais, porque ele sempre fez um trabalho de muita qualidade. Tanto que está sendo reconhecido e chegando como diretor. Quero tentar fazer melhor do que ele. Sei que é difícil, mas vou tentar.

Bruno comentou como é o fato de lidar com estrelas do futebol:
- Simples não é, até porque a gente lida com 31 jogadores, com necessidades e comportamentos diferentes. Saber respeitar e lidar com isso no dia-a-dia não é tão simples. Agora estou tendo a oportunidade de assumir essa função com um grupo que é indescritível, tanto os jogadores mais renomados quanto os meninos que estão subindo. Sinceramente, é um grupo que não sei se existe outro parecido no mercado nacional. É um grupo muito coeso, apesar das diferenças que a gente está falando. É motivo de orgulho. É uma oportunidade maravilhosa.

O novo supervisor citou ainda quais características tornam o trabalho menos difícil:
- A primeira e mais importante é a franqueza. O que tem que ser tratado é tratado cara-a-cara. A gente chega e conversa. Resolve-se na hora. Isso logicamente tem uma grande referência pra nós, que é o Ricardo, na época presente junto com o Cristóvão, e hoje o Cristóvão à frente do processo. Ele e o Daniel acabam passando isso para a gente de alguma maneira, e a gente tenta dar sequencia nisso, um pouco mais abaixo deles. O principal ponto nosso é esse: Uma franqueza e uma união que não tem por aí. É muito bacana mesmo o que a gente está podendo viver aqui com esse grupo.

Bruno respondeu sobre em que nível de preparação ele coloca o grupo do Vasco para encarar temporada:
- A gente vai ter uma cobrança muito grande, pelo ano que tivemos em 2011. Foi um ano eu diria que irretocável, mesmo com todas as complicações que tivemos. Acho que esse é o principal ponto. Temos que começar esse ano bem, com a torcida presente como esteve no final, que foi algo também fundamental no processo. O comportamento deles foi impressionante. O que vai determinar é a gente conseguir manter esse ambiente que a gente tem. Logicamente que esse ambiente vai ser testado a toda hora. Acredito que com a gente ganhando confiança, o negócio vai fluir com naturalidade, pelo elenco que temos.

O nível de preparação desse elenco credencia o Vasco como candidato ao título da Libertadores?
- Acredito, sim. Tem muito jogador com experiência no elenco. Os mais novos vêm isso neles, nos líderes do grupo. Acredito, sim, que dê para chegar. Acredito que apesar de o Vasco estar ausente da Libertadores já há um tempo considerável, muitos jogadores do elenco estavam vivenciando isso. Acredito que vai ter dificuldade pela dimensão do torneio, mas o grupo é forte.