No início de ano conturbado que o Vasco passou, Felipe era um dos alvos da ira da torcida e ameaçou até mesmo ir embora caso não fosse mais bem visto com a camisa vascaína. Passaram-se dois meses para que o panorama se invertesse totalmente. E os últimos dois jogos do clube mostraram que, sem o camisa 6 em campo, a equipe não tem o mesmo desempenho ofensivo. O técnico Ricardo Gomes procura minimizar, mas a dependência cruz-maltina ao jogador é clara.
Foi assim no clássico contra o Botafogo e na quarta-feira, contra oABC. OVasco dominou a partida no Engenhão enquanto o meia permaneceu em campo. Depois que foi substituído com dores na panturrilha direita, o rendimento vascaíno caiu vertiginosamente. Já em Natal, sem o camisa 6 em campo, a equipe cruz-maltina foi dominada. Ricardo Gomes admite que faltou inspiração aos seus comandados, mas lembrou que Felipe não foi o único a ficar fora da equipe.
Nosso meio de campo não criou muito. Eles fizeram uma forte marcação e o nosso setor estava muito mexido. Perdemos o Eduardo (Costa), o adversário cresceu e nós fomos caindo. Desde que cheguei, este talvez tenha sido o jogo que tivemos menos chances de gol. A bola não foi bem trabalhada explicou após o empate sem gols com o ABC.
Coincidência ou não, sem Felipe em campo, o Vasco não marcou. Pelo menos no domingo o jogador deve voltar à equipe, contra o Bangu. A dor na panturrilha atrapalhou o jogador, mas acabou incomodando também todo o setor ofensivo, o técnico Ricardo Gomes e a torcida.
(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal Lance)