O Vasco foi derrotado pelo CSA por 3 a 1, em São Januário, na sexta-feira (29), reduziu suas chances de acesso à Série A ainda este ano.
E é difícil adjetivar a atuação do time de Fernando Diniz sem a lucidez e o talento de Nenê.
Mas creio que o termo "mediocre" resume bem o que foi aquele bando em campo.
Culpa do técnico?
Não.
Por ora, o erro de Diniz foi dizer em recente coletiva que o elenco do Vasco foi bem montado, e que está satisfeito com o material humano disponível.
Simplesmente, porque é mentira: o elenco é pobre e descalibrado!
Dos 12 "reforços" (sic) trazidos para a temporada, só cinco figuram como titulares - e por falta de opção.
Zeca, Marquinhos Gabriel, Morato e Leo Jabá não oferecem a intensidade necessária e por isso o Vasco patina.
No final das contas, mesmo com todos os titulares, o time é fraco, física e tecnicamente, escorando sua ofensividade na dupla de veteranos – Nenê e Cano.
E não precisa ser bom observador para enxergar que Diniz procura peças para aumentar o giro da engrenagem e não as encontra.
A ponto de lançar no sufoco o atacante João Pedro, de 21 anos, para jogar como doublé de volante e articulador de jogadas.
Detalhe: o jovem tinha 40 minutos de serviços mostrados na Série B - 176 no ano, entre os profissionais.
O erro no planejamento estratégico, já apontado em outras crônicas, foi remendado tardiamente no último trimestre com a contratação de Nenê.
Mas o fato é que o presidente Jorge Salgado mensurou mal o peso da missão, entregando-a a Alexandre Pássaro, um inexperiente teórico em gestão de futebol.
E isso não é culpa do executivo, que parece ser um bom advogado na área de contratos - embora a passagem dele pelo São Paulo não tenha deixado saudade.
A dupla agora está à espera de um milagre que evite ter de ver o Vasco mais um ano na segunda divisão nacional.
Como o regime é presidencialista, a responsabilidade é de quem achou que o trabalho era apenas de readequação salarial.
O Vasco faz papel de clube médio na Série B, e isso depois de ter cumprido um Estadual vexatório, com atuações vergonhosas e uma campanha pífia .
Nesta derrota para o CSA, o time iniciou com seis jovens revelados na base e é normal que eles oscilem diante de tanta responsabilidade.
Ou seja: mal esciolhidos, metade dos jogadores trazidos estrategicamente para esta missão não estavam em campo.
Agora, por mais que a torcida ainda faça de tudo para criar atmosfera positiva, o coletivo é limitado demais para crer na soma de 16 pontos nos 18 que disputará.
Vejamos...