Dupla titular do Vasco na conquista do Brasileirão de 1997 e com passagens pela seleção Brasileira, Mauro Galvão e Odvan explicam como os zagueiros do Brasil podem fazer para parar a jogada “foquinha” criado por Kerlon, do Cruzeiro. A fórmula, segundo eles, é bem mais fácil do que aparenta.
- O cara vai estar olhando para cima, então basta você cercar e ficar quieto porque ele não vai te ver, vai esbarrar e a bola vai cair. Simples, sem fazer falta - afirma Mauro
Para Odvan, parar a jogada cometendo infração é totalmente desnecessário.
- Uma hora a bola vai cair mesmo. Não precisa ser agressivo – diz.
Mauro acha jogada desnecessária
Se os dois concordam na maneira de parar a jogada, o mesmo não acontece sobre a necessidade da mesma. Curiosamente, Galvão, que sempre foi considerado um zagueiro técnico, acha o drible desnecessário, enquanto Odvan, conhecido pela sua virilidade, condena a atitude de Coelho e elogia o “foquinha”.
- Se o Kerlon fizesse isso quando a partida estava 2 a 0 para o Atlético-MG, eu ia achar legal. Mas fazer com o time ganhando e ainda mais em uma partida tensa como um clássico, é muito complicado. Não me agrada esse drible, porque não vejo um objetivo nele – fala Mauro.
- Eu gosto da jogada e não acho desrespeito com o adversário. Ele está acostumado a fazer isso. Deram espaço e ele aproveitou. Eu sei que é um clássico, mas a pessoa tem que ter a cabeça no lugar. O Coelho foi infantil ao cometer a falta na jogada – analisa Odvan.
Galvão prefere Guilherme
Para Mauro Galvão, o drible feito por Kerlon acabou deixando de lado a análise da partida e, segundo ele, coisas mais interessantes.
- Foi um jogo muito bacana e emocionante. Eu prefiro o Guilherme ao Kerlon. Ele entrou em campo e fez dois gols. Esse é o futebol a que eu estou acostumado, o que procura o gol. Não adianta tentar descobrir a América, tem que jogar futebol.