Pode-se até achar graça da chegada dos jogadores do Vasco a São Januário, distribuídos em táxis, no último sábado. Mas incomoda lembrar que, 15 dias antes, o ônibus do time sub-17, sem freio - segundo o depoimento do motorista à polícia -, colidiu e tombou na Serra dos Três Picos, em Cachoeiras de Macacu.
Incomoda lembrar que, em 20 de fevereiro, os meninos do sub-15 decolaram na divisória das pistas da Avenida Brasil, na altura de Bonsucesso.
Incomoda lembrar que, em junho de 2015, a caminho de Resende, o bagageiro traseiro abriu sozinho, espalhando chuteiras do time sub-20 pela Serra das Araras, o que quase custou ao Vasco um WO no Estadual.
É pouco?
Fabricado em 2008, o ônibus do acidente em Cachoeiras foi repassado à base após o uso pelos profissionais, e soma 12 multas, seis das quais graves ou gravíssimas. São 52 pontos na carteira.
Já o ônibus do último sábado, fabricado em 2015, coleciona quatro multas menos cabeludas. E uma pane no computador de bordo teria sido a razão do enguiço.
Enquanto isso, o delegado Clóvis Moreira aguarda o laudo da perícia para que sejam apontados os responsáveis da quase tragédia em Cachoeiras de Macacu.
- Já ouvi a maioria dos jogadores. Foi falta de freio. Poderia ter morrido todo mundo - diz o delegado.
E o Vasco? Não há como botar um freio nessas coincidências?