Opinão: "Celso Roth: Por que não?"

A pergunta do título martela a minha cabeça há muito tempo. Por que tanta resistência a Celso Roth? Tenho algumas dicas. Ele não sorri à toa. Não puxa-saco da imprensa. Não é marqueteiro. É trabalhador e disciplinador. E gosta de ter uma defesa forte. Mas poucos o aprovam.

Virou mania falar mal do gauchão. Mas porque, ao invés de usar de estereótipos e de abusar do “alguém-me-disse-que”, não vão em busca do currículo do treinador. Dá trabalho, né? Faz sentido.

Mas vamos lá. Vou ajudar. Sabe a última vez na qual o Vasco liderou o Brasileirão? Foi em 2007, no primeiro turno. Sabe quem era o treinador? Sim, o Celsão. No ano seguinte, o Grêmio ficou em segundo lugar. Quem era o professor? Roth. E o Galo ano passado? Ficou em 7º, após liderar por várias rodadas. Celso Roth era o técnico daquele time bem inferior ao montado esse ano para Luxemburgo. Por último: quantas vezes o time de Roth caiu para a segunda divisão ou simplesmente correu risco? Nenhuma.

Assim sendo, meus caros... A escolha do Vasco foi excelente. Claro que talvez seria melhor ter Abel Braga. Mas não houve acerto. E, diante das opções livres no mercado, Celso Roth pode dar ao mediano time vascaíno o padrão tático ausente há alguns meses de São Januário.

Solidez na retaguarda, marcação e velocidade no meio, e contra-ataques bem executados. Nesse momento, o Vasco precisa ter os pés no chão e retomar o estilo guerreiro, determinado e bem planejado de Dorival Junior. Não dá mais para ser campeão em 2010. Mas é bem possível melhorar em relação ao que foi feito até agora. Essa é a missão de Celso Roth. E, queiram ou não seus detratores, ele costuma executá-la bem.