No campeonato brasileiro é assim, duas, três vitórias seguidas podem levar um time das profundezas da zona de rebaixamento ao sonho da vaga na Copa Libertadores. Obter esses resultados positivos em série não é tão raro, complicado mesmo é segurar a posição conquistada nesse tipo de arrancada.
Quando o certame foi interrompido para a disputa da Copa, o Vasco era 19º colocado, à frente apenas do Atlético Goianiense, que segurou a lanterna na quinta rodada e não a largou mais. Depois do Mundial, foram três empates e três vitórias, 12 pontos em 18 possíveis, 66% de aproveitamento.
É evidente que neste período sob o comando de Paulo César Gusmão o time vascaíno progrediu. Foram oito posições conquistadas em 25 dias, antes mesmo da chegada dos reforços Éder Luís, Felipe e Zé Roberto, além do retorno de Carlos Alberto. O Vasco nitidamente mudou de patamar.
E o que isso significa? Simples. Que o elenco de São Januário lutava contra o rebaixamento e já se posiciona com algum conforto em relação à possibilidade de volta à Série B. Mas daí a sonhar com uma das quatro ou cinco posições mais nobres da classificação, vai uma boa distância.
Não quer dizer que seja impossível o Vasco na Copa Libertadores 2011. É algo apenas improvável. O time pode progredir, mas em algum momento cairá de produção. Não seria algo raro, como no outro exemplo citado nas primeiras linhas deste texto. É preciso entender isso para não se assustar.
O próximo adversário é o Grêmio Itinerante, em Presidente Prudente. Depois vem a série perigosa: Fluminense no Maracanã, São Paulo no Morumbi e Cruzeiro em São Januário. Será normal, e até esperado, que PC Gusmão perca a sua invencibilidade no campeonato em um desses compromissos.
Zé Roberto corre para festejar o gol do triunfo sobre o Vitória