Em um primeiro olhar, o título do último post de 2013 pode parecer carregado de um otimismo que só uma virada de ano é capaz de trazer. De certa maneira, esperar que 2014 seja um ano melhor para o Vasco tem muito dessa esperança natural para qualquer pessoa nessa época.
Mas, infelizmente, quando um vascaíno diz “2014 será melhor”, isso também significa que acabamos de passar pelo que pode ter sido o pior ano na história do clube, ou seja, será melhor porque é impossível que seja tão ruim quanto foi 2013.
Não que não possamos começar o ano tendo mais uma campanha sofrível no Carioca – mesmo que o fato de agora termos um goleiro de verdade no time torne a equipe de 2014 já melhor que a do ano que acaba hoje – ou mesmo que a insistência do Dinamite em permanecer no cargo e não antecipar as eleições não possa nos prejudicar por mais meses do que seriam aceitáveis (e ainda possa favorecer uma possível volta a um modelo de gestão igualmente equivocado). Mas o fim da atual gestão já é motivo para que tenhamos mais fé no ano que vem.
Mas para que 2014 seja melhor, será preciso mais que a fé da torcida. Ainda que a diretoria ainda sonhe com viradas de mesa que fechariam de forma ainda mais vergonhosa seu período no poder, disputar a Série B parece inevitável. Assim, a queda de arrecadação, por uma penca de motivos, é praticamente certa. E não custa lembrar que começaremos o ano com um patrocinador a menos e com obrigações pesadíssimas para honrar o acordo feito com a Receita Federal.
Resumindo: a simples esperança dos vascaínos não vai pagar as dívidas do Vasco. Mais uma vez precisaremos ajudar o clube a renascer, independente da capacidade dos seus gestores.
Abandonar o Vasco por conta do rebaixamento, o segundo em cinco anos, é tudo o que não podemos fazer em 2014. E os verdadeiros torcedores não precisam de campanhas publicitárias para saber disso e fazerem sua parte. Se associar, lotar os estádios, apoiar o time, votar na chapa que consideram a melhor (e ter as mensalidades pagas por algum candidato não é garantia de capacidade administrativa, pelo contrário), ajudar boas iniciativas como o Dívida Zero, evitar produtos piratas… Várias são as formas de dar suporte ao Vasco nesse momento complicado, e mesmo os muitos que não têm como ajudar financeiramente o clube, podem fazer o básico: torcer e acreditar sempre.
Os últimos anos deixaram claro que de todos os envolvidos com o crescimento do Vasco, a torcida é única que não deixa o clube na mão. Presidentes, diretores, patrocinadores, comissões técnicas ou jogadores, todos têm seus interesses, que variam conforme suas próprias necessidades. Só os vascaínos fazem o que podem pelo clube por amor. E é esse amor do torcedor pelo Vasco é a força que pode fazer de 2014 um ano melhor que o que passou.