Vive-se em São Januário um clima tão cinzento, sombrio, que tudo o que se fala sobre o afastamento do volante Andrade não passa de especulação. Ele não foi sequer relacionado para o indigesto jogo de hoje com o Grêmio, nem mesmo com a suspensão de Conca, que tem sido, ao lado de Leandro Amaral, o principal jogador do time. Conca não joga hoje, e Andrade, esquecido, tampouco.
Mas Andrade está proibido de falar, e Celso Roth, proibido ou não, também silenciou sobre o caso e sobre o time que entrará em campo à noite.
É este o ambiente obscuro que impõe ao Vasco o seu presidente interino, esteja o time caindo pelas tabelas ou nas primeiras posições, como está hoje.
O silêncio sugere que Celso Roth não gosta mesmo de Andrade, contratado à sua revelia. Logo o Andrade que, ano passado, foi uma espécie do que são, hoje, Leandro Amaral e Conca quando menos no instante das cobranças de falta, por causa do canhão que tem no pé e que disparou muitos gols para o Vasco.
Num momento em que a bola parada (para mim, até infelizmente) virou algo tão importante e decisivo no futebol, o afastamento de Andrade é um desperdício.
Mais ainda se considerarmos que o time do Grêmio adora fazer faltas.