Não dá mais para enganar, a máscara caiu. O despotismo implantado em São Januário foi definitivamente desmoralizado, depois que Romário entregou o cargo e abandonou a carreira de jogador, por não se submeter às exigências do presidente em exercício, mostrando mais uma vez que é realmente vascaíno. Mais do que seus gols e conquistas com a gloriosa e imortalizada camisa 11, o torcedor do Vasco ficará devendo eternamente esse grande serviço prestado pelo polêmico jogador ao clube do qual nunca negou ser apaixonado.
E mostrou isso, tornando público uma prática mais que sabida e denunciada, sempre contestada, desmentida, outra característica da funesta administração, a mentira, lugar comum sempre que há uma denúncia - e não foram poucas - por aquelas bandas, onde os inadimplentes e até os mortos, dizem, votam. A situação seria inverossímil não fosse praticado por tal personagem, de largo currículo em atos que somados refletem a atual situação do time em campo, muito distante dos tempos gloriosos do expressinho da vitória dos anos 40, do campeão sul-americano,de quase todo o time convocado para a Seleção na copa de 50, do supersuper campeão de 58 e tantas glórias que enchem de orgulho os vascaínos.
Pior que tudo isso, mancham e desabonam uma história gloriosa. Tudo isso foi se desfigurando, nas três últimas décadas, reforçados por atos de absoluta falta de respeito pelas tradições do Vasco que tem ainda o poder de agregar duas nações amigas como Brasil e Portugal, que se orgulha de ter quase toda a sua colônia como torcedora.
Não bastassem os desmandos, como a inadmissível expulsão de Roberto Dinamite de São Januário, a volubilidade de seu presidente interino chegou ao limite tentando escalar um jogador para vendê-lo, pondo em xeque alguns treinadores que por lá passaram, para expor um atleta. Impressionante desfaçatez. Vascaíno, vale a pena refletir, depois desse que esperamos seja o último episódio da lamentável administração. Que o clube volte a ser respeitado retome sua condição de liderança no futebol brasileiro, não permitindo, em hipótese alguma, que sua história seja arranhada. E temos certeza, mesmo quem não é vascaíno, que esse dia está muito próximo, pois a instituição é intocável e imprescindível para o desenvolvimento do futebol brasileiro. Casaca!