Futebol

Opinião: "Cansaço"

\"felipe\"Durante a semana, PC Gusmão falou sobre a “maratona de jogos” da equipe e chegou a poupar jogadores nos treinos para que eles se recuperassem do esforço. Não acho que jogar sábado, quarta e domingo seja alguma maratona, mas até é compreensível que depois de encarar Grêmio e Corinthians e fazer uma viagem até Goiás o time não jogasse com a mesma intensidade. Mas daí a caminhar em campo como fez ontem, vai uma grande distância. Jogando com o freio de mão puxado como jogou, o Vasco não poderia pretender nada muito diferente da derrota por 2 a 0 para o Atlético-GO.

Mesmo com os donos da casa precisando desesperadamente da vitória, o Vasco fazia um jogo equilibrado, até com mais posse de bola, mas nem de longe tão incisivo como em outras partidas. O Dragão tentava chegar (e muitas das vezes conseguia com nossos vários passes errados), mas esbarrava na defesa, que estava jogando de forma segura. Fernando Prass não precisou fazer nenhuma defesa complicada e mesmo com o time numa lentidão incrível, não parecia que teríamos muitos problemas. Quando o Vasco teve a chance de abrir o placar e colocar o desespero atleticano a nosso favor, esbarramos em duas finalizações terríveis dos nossos dois atacantes: Felipe acerta um petardo de fora da área, o goleiro deu rebote, que Zé Roberto chutou bizarramente. Na sobra, foi a vez do Eder Luiz literalmente canelar a bola e jogá-la pra fora, com o goleiro batido.

Depois disso, o Vasco não ameaçou mais e ainda se deixou pressionar. Enquanto o time parecia em câmera lenta, o adversário marcava em cima e corria para o ataque. Por sorte, eles finalizaram tão mal quanto nosso ataque e não abriram o marcador ainda na etapa inicial.

No segundo tempo, ligeira melhora do Vasco, que chegava com mais facilidade ao ataque. Contou com a ajuda do Dragão, que precisando da vitória, se expôs mais. Mas pelas finalizações que tivemos, mesmo que o adversário jogasse com 11 atacantes não conseguiríamos marcar. Com a expulsão do Carlinhos, o que estava ruim ficou ainda pior. Acácio – que comandava o time em campo, mas que recebia instruções por celular do PC – começou a mexer no time, fez duas alterações (antes do vermelho já havia substituido o Fellipe Bastos pelo Allan) e ainda assim não conseguiu recompor o time nem torná-lo mais eficiente. Com metade do time pregado e outra metade sem saber o que fazer com a bola, foi questão de tempo sofrermos o gol. Aos 37 levamos um e aos 42, em pênalti, o Dragão deu números finais à partida.

Essa derrota foi de fazer lembrar a fase pré-Copa do Mundo. E o cansaço não pode ser utilizado como justificativa pra tudo. O Galo, por exemplo, também jogou na quarta-feira e conseguiu vencer. O elenco vascaíno estar cansado é aceitável, o que não pode é não mostrar pra torcida nem uma ínfima fagulha de superação. O time parecia cumprir tabela, como se o Vasco não tivesse mais nada a disputar no campeonato. E depois dessa derrota, parece que é isso mesmo: com apenas oito partidas para acabar o Brasileiro, tirar 9 pontos de diferença da terceira colocação, esperar que os adversários acima na tabela tropecem muitas vezes e ainda ter que torcer pela boa vontade da Conmebol para devolvar a quarta vaga para o Brasil é torcer por coisas demais. Agora quem deve ter cansado de sonhar com a Libertadores é a torcida.


Na boa? Ninguém tem nada com a vida pessoal dos outros, o médico do clube pode ter liberado e ouvir samba e tomar uma cervejinha pode não comprometer em nada a recuperação da sua lesão. Mas depois de jogar tão pouco na temporada e deixar o Vasco na mão tantas vezes, o Carlos Alberto poderia ao menos pensar na própria imagem e evitar aparições públicas em noitadas. Pode não ser nada demais, mas se há uma coisa que ele não precisa é de mais um desgaste com a torcida.
As atuações estão, como sempre, na coluna do dia n’Os 4 Grandes. O link para a página está aqui.

Fonte: Blog da Fuzarca - JC Barbosa
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