Para abafar a tentativa de virada de mesa no Brasileiro, a CBF se utilizou de um sistema de checagem de inscrições de jogadores para evitar que clubes fossem ao tapetão, o que afetaria a tabela da competição. Anteriormente, já houve mudanças radicais de pontuação porque a entidade aceitara documentação irregular para dar condição a um jogador.
O regulamento do Brasileiro previa que cada time só poderia contratar cinco atletas que já tivessem jogado por outras equipes da Série A do Nacional. Assim, funcionários da diretoria de competições da confederação checaram cada atleta antes de aceitar sua inclusão no registro em relação a essas e outras possíveis irregularidades.
Ao receber essa informação, o presidente do Coritiba, Vilson Andrade, desistiu do movimento para questionar a regularidade de atletas da Portuguesa e do Criciúma e evitar o rebaixamento. Considerou morta a sua ação pelo tapetão na festa da CBF, na noite de segunda-feira.
“Temos um controle sobre o registro feito pelos funcionários. Pode haver falhas porque não é eletrônico. Mas os funcionários checam cada um'', afirmou o diretor de competições da CBF, Virgílio Elíseo. Esses dados foram apresentados informalmente ao Coritiba.
Pode parecer trivial a verificação de inscrições, mas o futebol brasileiro tem um histórico de mudanças de tabela por irregularidade que resultaram em viradas de mesa. Um exemplo foi o caso Sandro Hiroshi, que foi inscrito pelo São Paulo em situação irregular por estar envolvido em disputa de dois outros clubes. Resultado: o time paulista perdeu pontos e o Botafogo se garantiu na Série A graças ao tapetão. Depois, revelou-se que ele tinha documento irregular de idade.
O presidente do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), Flávio Zveiter, disse que não houve problemas de inscrição na Série A no um ano e meio em que está no tribunal. Mas, sim, houve questões na Série B, e principalmente em times menores como o Duque de Caxias, que registrou um jogador de forma irregular.
“Houve uma redução nos erros das inscrições da CBF e reduziram os casos. Mas isso não significa que não existam falhas. Se mandarem (denúncia), podemos pedir apuração e a CBF terá de verificar'', afirmou Zveiter.
Agora, após apenas um dia da divulgação pela ESPN.com da tentativa de virada de mesa, esse movimento morreu.