Celso Roth no Vasco. A maioria dos vascaínos está indignada. Com seu jeitão retraído e com fama de mau humorado, Celsão, como os amigos o chamam, não é mesmo muito simpático. Eu mesmo teria optado por um nome mais jovem, com Vagner Mancini, do Paulista. Mas, sinceramente, no atual cenário em São Januário a escolha do gaúcho não me pareceu tão desastrosa assim.
Primeiro: não é todo treinador que deseja trabalhar no Vasco atualmente. Até um poste sabe que muitos não topam o desafio por medo do jeito Eurico Miranda de ser. E o Vasco não quer pagar o que muitos pedem. Celso Roth, fora do mercado há mais de um ano, se encaixou bem no perfil. Baixou a pedida salarial, conseguiu o que queria (um emprego num clube grande) e agora terá, teoricamente, tempo para realizar o que, segundo ele já me disse, nunca conseguira em toda carreira: fazer uma pré-temporada ele sempre assumia os clubes com o bonde andando.
Outra vantagem de Celso Roth. É trabalhador. E sabe montar defesas seguras. Até porque o time que ele comandará, tecnicamente, é fraco e precisa de uma organização tática para sobreviver. Celso não é brilhante. Está longe de ser o Mandrake das Pranchetas, mas sabe fazer o básico. E, no Vasco-2007, inventar já ajuda. Claro, o pé atrás dos vascaínos pode até ser explicado. Mas, no fundo, há pecas muito mais duvidosas no departamento de futebol do Vasco do que o novo treinador. Darei um crédito a Celso Roth, que já tem três reforços: Breno, zagueiro do Náutico, Thiago, volante, e Anselmo, atacante, os dois últimos do Boavista.
Boa sorte.
Vai precisar.