A atual diretoria do Vasco tem vários méritos e alguns equívocos. Entre os êxitos, o maior deles foi ter montado o melhor time do clube nos últimos 10 anos. O torcedor não aguentava mais sofrer, ver jogadores sem qualidade e nenhum comprometimento com a instituição. Contratações, como Diego Souza, Alecsandro e Eder Luis, foram feitas; Felipe e Juninho Pernambucano, repatriados; Dedé e Rômulo, descobertos; Fernando Prass e Fagner, mantidos. Estava montada uma ótima equipe. E, com ela, surgia ótima temporada, com o título da Copa do Brasil e a volta a Libertadores.
Tudo bonito. Mas ter time bom dá trabalho. Time com vergonha na cara dá prazer em campo, mas sabe se posicionar fora dele. O grupo atual tem comprometimento com o clube. Mas quer salário em dia. E está certo em reinvindicar. Falta dinheiro, todos reconhecem. A atual diretoria procura ter responsabilidade financeira na gestão. A burocracia emperra contratos de publicidade. Tudo é verdade. Mas o Vasco não pode perder a cumplicidade com a atual equipe. Aquela que encara rivais sem medo e não usa o clube como trampolim para outros endereços.
Reforço: a diretoria teve o mérito de formar o atual time. E agora não pode perdê-lo. Achar um grupo de jogadores com vergonha na cara e que se entrega em campo não é tarefa fácill. O Vasco conseguiu. Que o trabalho perdure. Ninguém tem saudade da equipe omissa, pálida e sem identidade de 2008, aquela mesmo que levou o clube às ruínas de segunda divisão. Aquela não reclamava de nada e não merecia nada em troca. Muito diferente da versão vitoriosa de 2011 e que sonha com mais sucesso em 2012.