O Vasco apresentou muitos problemas. Não tinha padrão tático e acabou sendo envolvido pelo Ipatinga. Vários pontos foram determinantes para a derrota, mas dois se destacam: a bagunça do setor de armação e, principalmente, o desentrosamento do setor defensivo.
Na defesa, dois estreavam: Fernando e Baiano. E Valmir voltava de lesão. Isso comprometeu a formação. Principalmente pela direita, que foi o mapa da mina para o Ipatinga chegar com perigo.
O lateral Baiano mostrava fragilidade a marcação. Fernando, fora de ritmo, chegava para a cobertura, era envolvido e fazia muitas faltas.
Logo levou amarelo. Para completar, Eduardo Luiz, zagueiro que joga mais centralizado, é lento. E assim, o Ipatinga chegou ao gol num lance que parecia linha de passe (na cara de Fernando).
Vendo a fragilidade defensiva pela direita, Renato tirou Fernando e pôs Pedrinho, voltando ao 4-4-2 na etapa final. E colocou o lateral Eduardo Santos na vaga de Baiano.
O problema foi que o Vasco jogou boa parte do tempo com um volante (Johnny) e três apoiadores. Abriu um buraco e o Ipatinga teve tudo para ampliar. Eduardo Santos salvou gol certo, Eduardo Luiz fez um pênalti não marcado pelo juiz.
Quando tudo estava negro para o Vasco, Edmundo empatou. Era para ficar equilibrado. Mas Renato, com cobertor curto, preferiu fechar a defesa com um volante e improvisou Madson na lateral-esquerda. Quando o Ipatinga sacou que a boa era pela direita de seu ataque, fez dois, fez três. Ontem o Vasco mostrou vontade. E desorganização. Dançou.
Fernando
45 minutos
Jogou o estreante Fernando. Neste tempo, foi o zagueiro mais faltoso do Vasco. De bom, apareceu em alguns lances no ataque. Começou caindo pelo meio mas logo depois fixou-se na cobertura de Baiano
Baiano
45 minutos
Jogou o lateral-direito Baiano, que estreou pelo Vasco. Mostrou vontade no apoio. Mas não estava bem na marcação. Quem caiu pelo seu setor, levou a melhor. Foi corretamente substituído por Renato Gaúcho no intervalo.
Explicação
“Escalei Fernando, Valmir e Baiano porque em algum momento eles teriam de entrar. Os três só vão ganhar ritmo de jogo se forem escalados”
Renato Gaúcho, técnico
“Tinha um grande buraco entre apoiadores e atacantes. A bola não chegou. Eu e Edmundo precisamos voltar para buscar o jogo. E não chutamos a gol. Não dá”
Leandro Amaral, atacante
Meio não auxilia dupla ofensiva
Outro problema do Vasco foi o buraco entre o ataque e a defesa. Os apoiadores escalados por Renato – Madson e Alex Teixeira – não se aproximavam de Edmundo e Leandro Amaral. Assim, os dois da frente precisaram voltar para buscar a bola. Sem força ofensiva, o Vasco só ofereceu perigoembola parada (levantada para a chegada dos zagueiros).
Na etapa final, o Vasco jogou muitos minutos com Pedrinho-Madson-Alex Teixeira. Passou a ter mais força ofensiva e empatou num lance iniciado por Alex Teixeira. Mas a defesa ficou descoberta.
E quando Renato fechou o meio, improvisou Madson de lateral. Aí....